A nova vida de quem mora no loteamento Mãe de Deus

Passados pouco mais de seis meses desde a mudança dos moradores de áreas de risco para o loteamento Mãe de Deus, em Santa Cruz do Sul, a vida está mais digna e começa a ganhar novos rumos. Para muitos foi a realização de um sonho, e as dificuldades certamente estão menores se comparadas às antigas casas. Ainda assim, os residentes pedem à Prefeitura para que continue dando atenção ao local, sobretudo nas áreas de saúde, educação e transporte.

Uma das moradoras é a safreira Teresinha Janete Pereira Santos, que não esconde a alegria e a satisfação de viver na casa nova, da qual sente orgulho e cuida com muito carinho para que permaneça sempre conservada e bonita. Antes de ser contemplada – uma espera que demorou uma década –, Teresinha vivia em uma peça anexa à casa da filha, no loteamento Viver Bem. “Quando recebi a notícia, foi felicidade total. Estava esperando muito, era o meu sonho”, comemora. “Não tem luxo mas, graças a Deus, hoje eu tenho a minha casa.”

Teresinha diz que a moradia é a realização de um sonho e já pretende realizar melhorias: “Amo cada canto da casa” | Foto: Rafaelly Machado

No futuro, Teresinha pretende realizar melhorias na residência, começando por um muro para fechar a parte da frente. A construção, segundo ela, é necessária para evitar que bolas quebrem as vidraças e o registro da água, dado que a meninada gosta de jogar futebol na rua. Em relação à segurança, a moradora garante que o loteamento é um lugar tranquilo para viver. “Não tenho nada para reclamar quanto a isso e nem de nenhum dos meus vizinhos. Me dou bem com todos por aqui”, afirma.

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Para a safreira, a mudança não foi somente de endereço, mas também de rotina e qualidade de vida. “Onde eu morava era só um quarto, com cozinha e sala juntas”, recorda. “Hoje eu tenho espaço para as minhas coisas e amo cada canto da minha casa.” Além disso, ela pode agora receber visitas. “Não tem mais problema de goteira, temos mais conforto, o banheiro é grande e o meu filho tem o quarto dele. Tudo mudou, e eu sou muito grata”, completa.

Reivindicações

Teresinha também relata algumas dificuldades ainda enfrentadas pelos moradores do loteamento Mãe de Deus. “Falta ônibus para a gente ir para o Centro e um posto de saúde que seja mais perto”, salienta. “Para as mães que têm filhos pequenos, falta uma creche e também uma escola”, acrescenta.

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As mesmas queixas são feitas por Grasiele Juliane Silva. Ex-moradora da Travessa Daer, ela também comemora a casa nova, mas pede mais atenção aos moradores do local. “Para nós ficou tudo muito longe. Não temos transporte regular, os postos de saúde são distantes e ficou mais difícil para as crianças irem à escola”, afirma. Dos seus cinco filhos, três estão em idade escolar e precisam se deslocar até o Bairro Bom Jesus para estudar.

Grasiele Silva: ” para nós ficou tudo muito longe”

Grasiele revela que a distância, o calor e a chuva são fatores que desestimulam os filhos a frequentar a escola. “É muito longe. O acesso mais perto que eles tem é pelo mato, mas quando chove não tem como ir por lá”, relata. O transporte também é um problema, tendo em vista que os ônibus urbanos não acessam o loteamento. Para ingressar nos coletivos, os moradores precisam se deslocar até as margens da BR-471.

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