Quem passa na frente de uma casa no Bairro Schulz, enfeitada com as cores da Alemanha, não sabe que aquele lar é um palácio – e, como todo palácio, é onde mora uma rainha e sua família. Mais do que isso. Imperam ali o orgulho e a responsabilidade de abrigar Luana Terezinha Rech, 22 anos, a filha única de Dulce e Larri Rech, que conquistou nesse domingo, 22, o título Rainha da 36ª Oktoberfest.
E se o evento será diferenciado, devido à pandemia, a soberana também é. A jovem coleciona títulos: Rainha do Colégio Ernesto Alves (2016), Garota Simpatia do Núcleo de Preparação dos Oficiais da Reserva (2018), 2ª Prenda do Centro de Tradições Gaúchas Lanceiros de Santa Cruz do Sul… Até sua carruagem real, um Fiat 147 todo reformado, se evidencia: foi o Carro Destaque em exposição de veículos antigos. Outra paixão, a Pepe, diminuição do nome Pérola, da cachorrinha Golden Retriever, faz questão de mostrar à tutora que está feliz. Assim que se aproxima, faz questão de dar aquele abraço carinhoso e pouco delicado.
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O impedimento de disputar no ano passado fez com que Luana aguardasse para confirmar a inscrição. “Entreguei a dois dias para terminar o prazo e fui a primeira. Fiquei muito ansiosa. Mas quando chegou à reta final, acabei mais tranquila. No dia anterior, pensava: ‘é amanhã’. Quando veio o domingo, mesmo, estava feliz pela trajetória, por tudo o que passei e tudo o que tinha feito para chegar até aquele momento”, recorda a nova rainha. Antes disso, as meninas tiveram um primeiro contato, como candidatas, no dia 12 de agosto.
A realização da ação social, em que as candidatas arrecadaram alimentos para entidades, acredita Luana, foi um diferencial que tornou o grupo mais unido. “O Soberanas Solidárias nos uniu, tirou um pouco o nosso foco da competitividade”, revela a rainha.
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No momento de entrar no palco, no entanto, a ansiedade prevaleceu. “A boca e as pernas tremeram. Fica um receio, se você vai se sair bem na fala, se vai conseguir dizer tudo o que pensou.” Foi nesse instante que olhou para o público e viu seus pais com expressão de confiança, enquanto o amigo Érick Borges Rodrigues chorava. O treinamento de fala na frente do espelho, as orientações da mãe, enquanto se preparava, a busca por ajuda externa, tudo contribuiu para se superar.
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Naquele momento, enquanto ela relembrava outra boa notícia de 2021 – Luana começou o ano com a formatura em Gestão Comercial na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) –, a mãe recordava da menininha que era destaque no Carnaval, que desfilava para lojas com desenvoltura e sempre foi destaque por onde passou. Tudo estava em sua mente, até que o apresentador começou a anunciar as integrantes da corte. “Até que faltava só revelar a rainha”, narra Dulce. “Pensei: ‘ainda tem dez meninas, todas querem a coroa, mas só tem uma’. Quando falaram o nome dela eu estourei, chorei, gritei, pulei.”
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A Festa da Alegria volta com a mesma vontade de divulgação e preservação da cultura germânica. Porém, com algumas diferenças na programação. Em entrevista à Rádio Gazeta, na manhã de ontem, o presidente da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Fábio Borba, adiantou que shows nacionais, bailes, desfiles na Marechal Floriano e parque de diversões estão inviabilizados.
Serão montados seis palcos, em especial, com artistas locais, com possibilidade de trazer profissionais do Estado. Os desfiles tradicionais serão substituídos por versões menores, na avenida que corta o parque, entre os bombeiros e o portão 7.
Quanto à questão sanitária, a presidente da coordenação executiva, Roberta Pereira, reforça que continuarão sendo mantidos os protocolos. “O próximo passo é fazer um detalhamento do evento para o público, para que exista essa percepção de que tudo será feito dentro das medidas de segurança e de saúde”, antecipa. Durante o período do evento, a equipe e as soberanas passarão por exames constantes. “Elas vão fazer fotos com as pessoas, durante a festa, mas com o devido distanciamento e cuidado. Já tivemos um bom exemplo com o concurso, em especial, com a ação social, mostrando que o concurso não pode acabar nele mesmo. A iniciativa fica como um legado e envolvimento delas com a comunidade.”
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O acesso ao parque custará R$ 30,00, mas variando de acordo com o lote. Quem estiver com o esquema vacinal completo, apresentando comprovante, será beneficiado com descontos. No primeiro dia da festa, não haverá cobrança de ingressos. A programação será entre 6 e 17 de outubro, e o parque estará fechado nos dias 13 e 14.
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