Os desastres naturais estão se tornando parte do nosso dia a dia. Desastres, ainda não catástrofes. Se a natureza pudesse falar, o que ela nos diria?
Talvez que passamos de todos os limites, que ela está em colapso e que não vai mais tolerar nosso descaso. Deixamos a natureza em desequilíbrio e devemos nos colocar em estado de atenção máxima para que o curso universal de evolução da vida siga seu rumo.
A sustentabilidade está na pauta desde 1970 e, de lá pra cá, pioramos muito, segundo Jorgen Randers, da Finlândia. O tema ainda é tratado por governos, pela sociedade e pelas empresas como uma grande falácia. Falamos em sustentabilidade sem que isso tenha tocado nossos corações de verdade.
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O que importa ter milhões na conta se nossos filhos ou netos podem viver uma vida caótica, pautada pela escassez que dinheiro algum é capaz de resolver? Até quando o lucro e a ganância falarão mais alto? Por que ainda insistimos em viver como se os recursos não fossem finitos?
O investimento em energia renovável será o grande foco do mundo a partir de agora. Não para diminuir custos mas para garantir que haja alguma vida possível nas próximas décadas.
O desequilíbrio é visível: tempestades de areia, ciclones, chuvas e secas por todo o país, frio no verão, queda de cânions sem precedentes. A natureza nos dá um recado claro: despertem, o tempo de desordem acabou!
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Em breve, podemos não ter água potável, ar-condicionado para aquecer o inverno e refrescar o verão, condições de viver em segurança e de transitar sem que algo caia em nossa cabeça, literalmente.
Agimos como a espécie irracional do planeta, com nossa soberba e a pobre capacidade de nos considerar mais importantes do que o resto da vida na esfera terrestre. Meu trabalho como profissional de futuro é ajudar países, empresas e sociedade a pensar no longo prazo, estudar caminhos plurais e possíveis para o futuro e assumir responsabilidades no presente para com o futuro que se aproxima. Como a cada dia nos mostramos mais distraídos e imaturos com as pautas que realmente importam? Temos que nos antecipar. Reagir, inovar ou se adaptar não é mais o suficiente.
A pauta em 2022 já mudou. O ‘oba oba’ em torno da inovação e a tecnologia já cansou nossos ouvidos. Papo chato que nos distrai enquanto o mundo de verdade derrete a olhos vistos.
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Nosso planeta está doente e este é o verdadeiro desafio: regenerar e reequilibrar todo o nosso sistema de vida. Eu já falava disso no início de 2021.
Eu, você, nossos negócios e nossas cidades precisam se reinventar com urgência. O dinheiro ou o poder só têm valor se servirem ao mundo e não a um pequeno grupo. No século 21, a pauta coletiva será soberana sobre todo e qualquer resto. Agora, a mudança é para valer.
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