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Futurismo e Inovação

A mudança só começou

Inovar é pouco. Empreender passou a ser premissa e ressignificar para renovar as energias de vida pode ser a toada da segunda metade de 2020. Reclamar, criticar, lamentar e terceirizar a culpa são atitudes infantis, de pessoas fracassadas ou de adultos que não fizeram uma boa passagem da adolescência para a vida emancipada. Quem atinge maturidade emocional, entende que é parte dos problemas e das soluções, portanto, assume suas responsabilidades. Responsabilidade é a capacidade de responder ao que se apresenta sem esquiva ou lamúrias.

Coma chegada da pandemia, os distraídos e iludidos com o presente foram surpreendidos com a pausa repentina do planeta. O futuro é cheio de histórias imaginativas, que parecem distantes, e este ano ele estacionou em nossas vidas de forma permanente. O futuro não existe, e o presente é só o que temos de fato, mas viver com foco no curto prazo é dar licença para que a vida se organize sozinha e nos leve para onde bem entender, inclusive para um lugar indesejado.

Perdemos muito tempo nos últimos meses com discussões inúteis. Enquanto isso, conseguimos criar a pior imagem global possível: somos referência de como não conduzir um país frente à pandemia e frente às novas demandas do século 21. Não temos motivo algum para nos orgulhar. Nossa população é imatura e, mesmo com 100 mil mortos, não realiza o que realmente está acontecendo no mundo: todas as “contas” chegaram ao mesmo tempo, e teremos que dar conta de tudo de uma só vez. De 2045 a 2057, o novo mundo precisa estar instalado, e será bem diferente do que conhecemos agora. Porque fracassamos como sociedade. Super-humanos em um supermundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo).

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As previsões de que o mundo voltaria a um possível novo ritmo em 2022 começam a se confirmar. A vacina está em andamento, mas a população não terá acesso antes do início ou de meados de 2021. Precisamos seguir com o que é possível, sem esquecer o que é primário: cuidado e vigília.

Negócios preparados cresceram na pandemia. Negócios ágeis contornaram a situação e milhares de empresas fecharam, algumas porque a má gestão foi revelada, outras porque foram inteligentes e decidiram não continuar sem um horizonte claro.

Tudo mudou. A nova geração vem calibrada para a nova vida e para o novo mundo. Flexíveis, abertos, colaborativos, conscientes, livres. Até 2025 ocuparão 75% da força de trabalho mundial. 25% dos trabalhos já se consolidaram em formato integral ou parcial em home office. Países como a Finlândia já fizeram a lição de casa e descobriram que, durante a pandemia, a confiança, a colaboração e a resiliência do sistema foi chave essencial para suportar a crise.

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Ser antecipatório é estar atento a sinais de mudança e tomar decisões antes que estes sinais se manifestem. Agosto já começa com novas energias. O luto pelas vidas perdidas nos assombrará e a retomada vem soando como recomeço. Já estamos em uma nova realidade. Adapte-se e acostume-se com o novo mundo. A mudança só começou.

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