O plenário do Fórum de Santa Cruz do Sul está lotado nesta quinta-feira, 6. Familiares e amigos de Heide Juçara Priebe, assassinada por Servo Tomé da Rosa, de 70 anos, acompanham o julgamento do pedreiro, autor confesso do crime. Quatro homens e três mulheres compõem o conselho de sentença. A delegada Raquel Schneider e um dos filhos da vítima, Franklin Elimar Fetzer, vão prestar depoimento.
Outra filha de Heide, Aline Juçara Fetzer, acompanha o júri popular. Ela conversou com a equipe do Portal Gaz, no Fórum. “É um dia muito triste, estou muito emocionada, mas acredito na Justiça. Eu vim aqui hoje pedir justiça, para que outras mulheres e famílias não passem por isso”, desabafou.
LEIA MAIS:
- VÍDEO: relembre o feminicídio que leva pedreiro a júri nesta quinta-feira
- Filhos desabafam: “Ele tirou de nós o nosso tesouro, tirou uma parte do nosso coração”
Segundo Aline, reviver o assassinato da mãe neste dia traz uma dor imensurável, mas ela espera que a sociedade, através do tribunal do júri faça justiça. A dois dias de completar um ano da morte da mãe, a filha revela que este momento foi muito aguardado. “É um momento triste, mas muito esperado. A minha luta é para que ele seja condenado pelo que fez”, afirmou.
Publicidade
Aline lembrou que o assassinato foi muito cruel. “A minha mãe estava saindo do trabalho, foi em via pública, à luz do dia. O que a gente espera é a condenação, para acalmar nossas aflições”, finalizou.
LEIA MAIS:
- VÍDEO: ex-companheiro de Heide Priebe confessa que a matou por não aceitar o fim do relacionamento
- “Escolhemos não nos calar”, diz filho de Heide durante caminhada por justiça; veja fotos
Servo Thomé da Rosa responde por perseguição, violação de domicílio e homicídio triplamente qualificado. As qualificadoras – dispositivos que podem ampliar a pena – foram elencadas pelo feminicídio, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Relembre o caso
O crime aconteceu na tarde de 8 de julho de 2022, na Travessa Tenente Barbosa, no Centro da cidade. Rosa investiu à queima-roupa contra Heide, com quem havia tido um relacionamento amoroso, com um revólver calibre 22, por volta das 17 horas daquele dia. Um disparo acertou a cabeça e outro o braço da vítima. Depois, o assassino atirou em si mesmo, na altura do peito, com a mesma arma. Os dois foram conduzidos ao Hospital Santa Cruz (HSC), mas Heide não resistiu aos ferimentos e morreu cerca de cinco horas depois do ataque, devido ao tiro no braço, que entrou na lateral do corpo e atingiu o pulmão.
Publicidade
LEIA MAIS: Um Dia das Mães de saudade e de luta por justiça
A investigação ficou a cargo da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), sob o comando da delegada Raquel Schneider. O assassino foi conduzido algemado ao presídio no dia 11 de julho de 2022, quando teve alta do hospital. Ainda no HSC, Rosa confessou ter matado a ex-companheira, durante interrogatório conduzido pela delegada Raquel. O crime foi caracterizado como passional, já que o pedreiro não aceitava o fim do relacionamento com Heide.
Publicidade
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!