A comunidade regional vê aproximar-se rapidamente um dos eventos mais importantes no calendário em favor da educação, da cultura e da preservação da memória. E estas, convenhamos, estão entre as necessidades humanas incontornáveis, primordiais. Afinal, sempre que um povo não valoriza ou não se ocupa de refletir e de conhecer mais e melhor sobre o seu passado, ele vive como uma espécie de folha solta, ao sabor dos ventos e das tempestades. Que, desse modo, ele próprio inclusive alimenta e desencadeia, tornando a rotina bastante difícil para a coletividade.
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Em realidade local, a memória estará no centro das atenções na 35ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul, que acontece entre os dias 29 de abril, segunda-feira, e 5 de maio, domingo, na Praça Getúlio Vargas. O slogan da edição remete para a importância do hábito de ler: “Abra livros, abra o mundo”. A frase remete, claro, à realização em simultâneo da 1a Festa Literária Internacional de Santa Cruz do Sul, que trará à cidade um grupo de autores de vários países, entre eles a cubana Teresa Cárdenas e a venezuelana María Elena Morán. Teresa concedeu entrevista à Gazeta do Sul, veiculada na edição do último final de semana, na qual salientou o papel da literatura na aproximação entre povos, culturas e nações. Já María Elena igualmente concedeu entrevista à Gazeta do Sul, a ser compartilhada com os leitores, por sua vez, no próximo final de semana, o de véspera de abertura do evento.
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Morán estará na Feira do Livro no dia 1º de maio, à tarde, mesmo turno no qual o escritor e ambientalista José Alberto Wenzel, também colunista da Gazeta do Sul (na qual escreve em periodicidade quinzenal, nas edições de final de semana), irá à Praça Getúlio Vargas para autografar mais uma obra de sua autoria. Trata-se de Vida Nova: a história do Sanatório Kaempf, sob o selo da Editora Gazeta. A partir de pesquisas, inúmeras entrevistas, visitas a campo e uma infinidade de fotos e ilustrações dos acervos de família e de arquivos históricos, Wenzel contextualiza o que significou, para a região e o Estado, o empreendimento inaugurado pelo alemão Eduard Kämpf no dia 15 de novembro de 1889, e que perdurou por 109 anos, no atendimento a pacientes, zelando pela saúde física e mental.
E, no mesmo esforço de recuperação e preservação da memória, neste domingo, pela manhã, em Alto Linha Santa Cruz, ocorre o lançamento do livro dedicado ao primeiro cemitério evangélico comunitário da Colônia de Santa Cruz, local que completa 150 anos desde a sua implementação, em 1874. A iniciativa editorial, da Associação Cultural, Recreativa, Esportiva e Social (Acres) da Juventude Evangélica de Alto Linha Santa Cruz (Jealisc), preenche uma lacuna na historiografia, ao iluminar os pioneiros germânicos que se estabeleceram na região. Boa leitura, e bom final de semana!
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