A atriz e diretora santa-cruzense Patrícia Vilela apresenta a partir de 16 de janeiro, na capital paulista, a peça teatral Cães de Rua. A montagem marca a estreia de Patrícia como autora e é o terceiro espetáculo da Cia Colaatores, fundada por ela. A exibição vai até o dia 10 de abril, sempre aos domingos, às 18 horas, no Teatro Irene Ravache – Oficina de Atores Nilton Travesso (Rua Capote Valente, 667 – Pinheiros – São Paulo). Com lotação de 20 lugares, as sessões presenciais seguirão os protocolos de segurança, como uso de máscaras e apresentação de carteira de vacinação.

Escrita em 2020, durante a pandemia e antes da invasão do Capitólio nos Estados Unidos por grupos extremistas de ultradireita, a montagem Cães de Rua trata de pessoas traumatizadas vítimas de diversas modalidades de golpes. A peça apresenta um grupo de apoio formado por 19 pessoas reunidas pelo psiquiatra Dr. Felipe Basili (Caio Prata). A peça conta com uma participação especial de Marcelo Tas e a também santa-cruzense Luísa Horta integra o elenco. O enredo de drama tem 90 minutos de duração e classificação indicativa é 18 anos. Os ingressos custam R$ 60,00 inteira e R$ 30,00 meia-entrada e são vendidos somente online, pela plataforma Sympla.

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Patrícia Vilela fundou a companhia e produtora de teatro Colaatores em 2019. A santa-cruzense é bacharel em Artes Cênicas, atuou no teatro, no cinema, em novelas e seriados para a tevê. Ela frisa que os ensaios da peça, realizados durante a pandemia, online e presenciais restritos, envolveram 18 atores e equipe de criação e foram desafiadores. “Em meio a tantas tristezas e à dor pelas perdas em decorrência do vírus, nos exigiu uma força extra, muita concentração e foco. E conseguimos. Por isso, este retorno aos palcos é muito significativo, com uma sensação especial de conquista e vitória”, declarou.

Patrícia também considera a estreia muito diferente de suas outras produções. “Nas outras ocasiões, minha função como atriz era ser a porta-voz de um texto, e como diretora era a de criar uma atmosfera para o texto chegar ao público de uma maneira fiel ao que o autor escreveu. Agora, estreando na dramaturgia, sinto uma responsabilidade diferente e maior, porque o texto impulsiona todas as outras funções que envolvem um espetáculo”, disse.

Na narrativa, as personagens manifestam questões fundamentais para serem analisadas pelo psicanalista, uma espécie de eco existencial dos pensamentos de Diógenes, o filósofo cínico, do desapego, que vagava incansável pela civilização com sua lanterna em punho à procura de seres honestos. As personagens são observadas pelo público, que se mistura e se reúne com o elenco no mesmo círculo de cadeiras que compõem o cenário. O texto retrata também o universo das fake news, o negacionismo científico e os grupos manipuladores de informação.

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Serviço

Espetáculo: Cães de Rua
Sinopse: um grupo de apoio às vítimas se reúne para compartilhar experiências sofridas envolvendo criminosos, golpistas, abusadores e assassinos. O texto trata dos efeitos da manipulação das redes sociais e dos meios de comunicação sobre uma sociedade pouco educada e subserviente. Fake news, negacionismo, QAnon e outras ilusões são lançadas como restos de alimento a uma sociedade psicologicamente falida, que vaga
sem destino, como cães de rua.
Texto e Direção: Patrícia Vilela
Elenco: Caio Lazarini, Caio Prata, Fabiano Issas, Fabiano Oliver, Francine Mello, Josué Francky, Guilherme Lage, Lívia Guimarães, Luana Zaparoli, Luísa Horta, Marci Taques, Mike Albuquerque, Noeli Santilli, Olga Castilho, Pablo Perosa, Pietra Pan, Reinaldo Fonseca e Vera Campos.
Participação Especial: Marcelo Tas
Produção e Realização: Colaatores

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