A regra do impedimento é uma das mais criativas e inteligentes entre as demais do futebol. Bem executada a linha do impedimento, trata-se de um movimento técnico-tático que colabora na redução das diferenças qualitativas entre as equipes e, consequentemente, na desconstrução das oportunidades de ataque e gol, sempre mais abundantes de parte da equipe mais apta.
Todavia, haja vista as inúmeras perturbações disciplinares e os humanos erros que incorrem e decorrem da sua aplicação, melhor seria, talvez, que não houvesse a regra do impedimento.
Nesse caso, sem a regra, parece evidente que haveria um cauteloso recuo da linha de zagueiros e volantes, o que, em tese, descongestionaria o meio-campo, favorecendo a execução de um futebol mais bonito e descontraído, para a beleza do futebol e a alegria das torcidas. É uma hipótese.
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Mas admitamos que a regra é importante. Logo, caberia um estudo de redução de erros e polêmicas. Uma simplificação imediata ajudaria, qual seja: o não impedimento na execução de bolas paradas (cobrança de faltas).
Ultimamente, está em execução o VAR, aparato técnico-digital para a superação de dúvidas e erros de campo. Logo, além da averiguação da linha do impedimento, tem sido comum a sua interferência na definição de eventuais pênaltis e de faltas graves.
Quanto ao pênalti, a histórica regra do “mão na bola e bola na mão” está hoje, e infelizmente, deturpada, punitivamente, em nome de um certo “alongamento do corpo”. Como se fosse possível pular ou cair de braços fechados e rentes ao corpo!
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Aliás, às vezes, o VAR (e suas interpretações) dá a impressão de que é comandado e decidido por pessoas que nunca jogaram futebol. Que não conhecem a dinâmica física de um corpo em movimento.
Em resumo, é urgente uma redefinição de algumas regras e procedimentos. Tarefa da Fifa, a conservadora autoridade futebolística mundial.
Exemplarmente, à conta do meu time preferido, Grêmio, o episódio no jogo Atlético Mineiro 2 x 1 Grêmio, impedimento milimétrico do jogador Borja, a pretexto de um “tórax” além da traçada linha digital, foi um “crime” contra a alegria e o futuro do futebol. Mas todas as equipes têm queixas!
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Finalmente, em defesa do VAR e da arbitragem de campo, que mais acertam do que erram(!), devemos considerar a degradação comportamental dos jogadores (e comissões técnicas), em sucessivas e deprimentes demonstrações de simulações, desrespeito, intolerância e agressividade.
Mas, no final, como sempre, a culpa é da mãe do juiz!
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