Artista santa-cruzense Henrique Gonçalves, de 19 anos, realiza a sua primeira individual | Foto: Fotos: Antoni Fritsch
Supernova” é a definição para uma explosão de estrela que gera intensa luminosidade. E é nesse conceito que se inspira o artista plástico santa-cruzense Henrique Gonçalves para nomear sua primeira exposição individual, cujo vernissage aconteceu na noite da última quinta-feira, 27, na Casa das Artes Regina Simonis.
As obras que compõem seu projeto autoral ficam no hall até o dia 29 de março, e podem ser conferidas, com entrada franca, de segundas a sábados, nos horários de abertura do local. As peças também estão à venda, com tabela de valores que pode ser consultada junto à equipe de atendimento na Casa das Artes.
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Aos 19 anos, Henrique dedica-se às artes há cerca de cinco anos, mais ou menos desde o momento de eclosão da pandemia, como explicou à Gazeta do Sul. Já desde o período de escola, quando estudava primeiro na Emef Santuário e posteriormente na EEEM Willy Carlos Fröhlich (Polivalente), sentia-se atraído para o desenho. Dessa etapa para a pintura foi um passo natural. Tudo conduzido de forma autodidata, como ressaltou.
Na família, é o primeiro a evidenciar o dom para as artes visuais. Filho de Úrsula Tânia Bechert e de Carlos Alberto Gonçalves da Silva, e com um irmão mais velho, Guilherme, de 30 anos, químico, Henrique cita um trisavô que era escultor de lápides como a única referência em artesania. Na medida em que passou a pintar a óleo, marcou presença em algumas mostras coletivas, inclusive na Casa das Artes Regina Simonis, bem como no Coletivo Imaginário das Artes Visuais de Santa Cruz do Sul.
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Agora, desfruta do apoio e do incentivo que recebe da Associação Pró-Cultura, mantenedora da Casa das Artes, e cuja diretoria atual integra, como 2o secretário. Seu projeto “Supernova” é a primeira atração efetiva de 2025 entre artistas. Para concretizar a ação, contou com financiamento da Lei Complementar Aldir Blanc, do Ministério da Cultura, e da Secretaria da Cultura do Estado, com produção de Denner Augusto Maciel.
O conjunto em exposição traz 11 telas em óleo, além de um vídeo e fotografias, por meio das quais busca levar o público a refletir sobre o corpo humano como obra de arte viva. “Através de pintura corporal efêmera e sua transmutação para a tela e o vídeo, celebramos a conexão entre o fugaz e o eterno”, descreve. Além disso, Henrique explora conceitos sociais, subjacentes a diversos elementos que apresenta.
Em seu descritivo, ressalta que na mostra o processo criativo torna-se parte integrante da obra. “Cada modelo é pintado como uma tela viva, suas poses ecoando estátuas e pinturas clássicas”, frisa, com inspiração em formas greco-romanas. “E o vídeo e a fotografia capturam esses momentos únicos, eternizando o efêmero e desafiando a temporalidade da arte.”
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Algumas questões que coloca, para reflexão: “Como a arte e o corpo se imortalizam? Qual é o limite entre o transitório e o eterno? Entre estátuas que nunca se moveram e corpos que dançam com o tempo, a resposta talvez esteja na própria experiência do olhar.”
É, portanto, com essa explosão de criatividade e inspiração que a Casa das Artes ingressa em março, abrindo espaço, de forma pertinente, a um representante da nova geração das artes na região.
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