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FORA DE PAUTA

A involução da humanidade

O mundo vive a era da chamada internet das coisas (IoT). A ideia é que objetos e equipamentos como refrigerador estejam conectados e tenham funções extras, além daquelas básicas para as quais foram criados. É, certamente, um importante passo dado em direção ao futuro, algo que só poderia ser pensado e difundido a partir das peças de ficção científica.

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As máquinas, tamanha a evolução, vão além de só atender às determinações e aos comandos dos humanos. Elas passam a pensar. Pode parecer muito normal e óbvio para as gerações que nasceram nessa fase digital, mas para quem vem de um período analógico e 2D tudo é surpreendente. Ao mesmo tempo em que a tecnologia evolui, as pessoas, obviamente sendo generalista, regridem.

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A afirmativa sobre o sentido inverso dá-se por muitos exemplos vivenciados, recentemente, de que a humanidade está em um caminho perigoso, que beira o abismo e com a vontade imensa de dar o próximo passo. Um caso emblemático é a série de demonstrações de racismo desferidas aos jogadores negros de futebol. Uma das vítimas preferidas é o brasileiro Vinícius Júnior, atleta do Real Madrid.
Injuriar, ameaçar, atacar alguém pela cor da sua pele é uma das mais rasteiras das atitudes. É impensável admitir que a sociedade conseguiu chegar à Lua, que tem uma estação espacial, que encontrou cura para muitas doenças, que faz robôs pensarem, e não consegue entender que não há diferença entre branco, preto, amarelo, vermelho.

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É claro que cada pessoa é exclusiva e, portanto, diferente. Mas essa característica está relacionada ao seu interior, ao seu íntimo, à forma como se posiciona, como age, e não ao fato de ter a tez mais clara ou mais escura. Diante dessa óbvia conclusão, ainda é possível encontrar quem pense o contrário, quem se considere superior.

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A verdade é que dá pena de quem pensa assim. Entender-se melhor por ser branco é a evidente demonstração de que a ignorância e a mediocridade venceram. Para essas pessoas, o caminho adequado são as celas das prisões, mas faltariam celas. Por mais que muitos ainda tentem maquiar a crueldade, o que se vê é um crescimento da mesquinharia, do preconceito e da falta de humanidade. E não se trata de mimimi.

Enquanto isso, o citado Vini Jr. segue jogando como nunca, vencendo como sempre, e demonstrando toda a sua realização pessoal e profissional com as dancinhas. O balé dos gols irrita muita gente, que grita sua ira; gente que merece ouvidos moucos da sociedade.

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