Regional

“A infraestrutura tem que auxiliar, não ser um gargalo”, diz diretor-geral da Rota de Santa Maria

A quarta edição de 2023 do Projeto Gerir – Workshops de Gestão Organizacional, iniciativa da Gazeta Grupo de Comunicações, foi realizada na última terça-feira, 26, em formato virtual. O evento abordou o tema “Infraestrutura Regional: perspectivas para o Vale do Rio Pardo e o Rio Grande do Sul”, com a participação de quatro painelistas. 

LEIA MAIS: Projeto Gerir debate a Infraestrutura Regional

Leandro Conterato, diretor-geral da Rota de Santa Maria, iniciou a fala recordando o histórico de problemas da RSC-287 e o volume inadequado de investimentos feitos pelas concessionárias anteriores, em comparação ao crescimento no tráfego, situação que agora exige intervenções mais profundas para a recuperação do pavimento. Além disso, entende que a duplicação da rodovia é fundamental para acompanhar o desenvolvimento do Vale do Rio Pardo, uma das regiões que mais crescem no Rio Grande do Sul.

Publicidade

“A infraestrutura tem que auxiliar nesse desenvolvimento econômico e não ser um gargalo, então o nosso grande objetivo é resolver isso e possibilitar esse avanço.” Citou ainda as questões de segurança, que não são exclusividade da RSC-287 mas também são percebidas nela. “Esse investimento incompatível acaba cobrando um preço muito alto da sociedade, com acidentes e perda de vidas.” Nesse sentido, em seu entendimento, a Rota de Santa Maria já mostra resultados expressivos com pouco mais de dois anos de concessão.

VEJA MAIS: VÍDEO: veja como foi a quarta edição do Projeto Gerir 2023

Para Conterato, a situação da RSC-287 melhorou muito se comparada ao que era quando a concessionária assumiu, em agosto de 2021, inclusive no quesito infraestrutura. “Isso é visível no aumento da segurança, com a queda no número de acidentes em 36%. O usuário também percebe mais qualidade no pavimento, sinalização e demais elementos no entorno da pista.” Explicou ainda que o contato de concessão é dividido em diversas fases. A etapa de recuperação se estende até 2026, quando a empresa terá a obrigação de entregar todo o pavimento reestruturado e pronto para suportar o volume atual de tráfego.

Publicidade

Outro ponto abordado diz respeito à profundidade dessa manutenção, que não é apenas superficial. “Nós retiramos várias camadas, em alguns casos até do aterramento da pista (subleito), porque verificamos que ele não tinha condições de aguentar o nível atual de exigência.” Até o momento, cerca de 50 dos 204 quilômetros já passaram ou estão passando por esse tipo de intervenção que, segundo o diretor-geral, demanda paciência dos motoristas e moradores do entorno. “O sistema pare e siga penaliza o tempo de deslocamento dos usuários, mas temos confiança de que eles entendem que essas obras trarão melhorias.”

LEIA TAMBÉM: Santa Cruz 145 anos; relembre momentos do desenvolvimento do município

Sobre a duplicação, Conterato complementou a fala de Pedro Capeluppi, minutos antes, e garantiu que há muito trabalho sendo feito nos bastidores para agilizar o início das intervenções. “Temos cerca de 400 colaboradores contratados pelo Grupo Sacyr e divididos entre a Rota de Santa Maria, a equipe de engenharia e a construtora, que será a responsável pelas obras.” Além deles, há mais centenas de outros empregos indiretos que colaboram para movimentar a economia do Vale do Rio Pardo.

Publicidade

O grupo espanhol Sacyr venceu o leilão pela RSC-287 realizado em fevereiro de 2021 e assumiu a gestão da rodovia em agosto daquele mesmo ano, substituindo a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Válida por 30 anos, a concessão prevê investimentos na ordem dos R$ 2,7 bilhões e a duplicação dos 204 quilômetros de extensão.

LEIA TAMBÉM

A instalação de balanças

Outra novidade que os usuários verificarão na RSC-287 será a instalação de duas balanças nos próximos dois anos. Leandro Conterato informou que isso já estava previsto no contrato de concessão e tem como objetivo fiscalizar e combater o excesso de carga nos caminhões, um dos grandes responsáveis pela degradação do pavimento. Os pontos onde esses equipamentos serão posicionados, segundo o diretor, ainda estão indefinidos e são alvo de estudos. “Esses locais não podem ter rotas alternativas. O veículo pesado não pode simplesmente desviar da balança, então essa escolha não é tão simples.”

LEIA MAIS NOTÍCIAS DA REGIÃO

Publicidade

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

Share
Published by
Naiara Silveira

This website uses cookies.