Com a frase que intitula este texto, o secretário de Parcerias e Concessões do Rio Grande do Sul, Pedro Capeluppi, iniciou sua participação na quarta edição do Gerir, realizado nessa terça-feira, 26. Ele foi mais um a elogiar a iniciativa e enfatizou a importância do debate entre o poder público, concessionárias e sociedade, tudo isso em nome do entendimento e da busca por soluções de problemas que assolam a população gaúcha há décadas.
Capeluppi recordou do tempo em que integrou a equipe do Ministério da Economia e de um estudo feito pela pasta em 2019 para identificar os principais gargalos da infraestrutura em nível nacional. “O que descobrimos com aquele resultado foi que se quisermos chegar ao nível dos países que temos como espelho daqui a 20 ou 30 anos, precisaremos pelo menos triplicar o investimento em infraestrutura.”
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Segundo ele, isso vale para as de responsabilidade da União, estados e municípios, por isso é tão importante que haja debate em todas as esferas com participação da sociedade civil. Ele defendeu as concessões e parcerias com empresas privadas, ao recordar que a Corsan pública investia, em média, R$ 400 milhões por ano em 317 municípios gaúchos.
Já a Corsan/Aegea pretende aumentar esse montante para R$ 1,6 bilhão anuais. O mesmo vale para a RSC-287, onde a Rota de Santa Maria investiu mais de R$ 370 milhões em pouco mais de dois anos. “Imagina fazer tudo isso com dinheiro público, seria impossível.” Em sua compreensão, o desafio para o futuro, nos dois casos, é acompanhar o cumprimento do contrato e fazer as adequações necessárias.
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Ao responder sobre o que falta para o início das obras de duplicação da RSC-287, Pedro Capeluppi informou que os anteprojetos ainda estão em discussão entre o Estado e a concessionária. Assim que forem aprovados, os projetos executivos poderão ser elaborados. “Já temos vários anteprojetos sendo analisados por nossas equipes, que estão muito comprometidas para que possamos dar essas respostas.” Segundo ele, hoje falta “muito pouco” para que os ajustes finais sejam feitos e essa demanda da comunidade regional comece a ser atendida.
Além da RSC-287, já concedida, o mediador Ronaldo Falkenback lembrou durante o evento que o Vale do Rio Pardo possui diversas outras rodovias em situação precária, como a RSC-471, a RSC-153 e a ERS-403, que nem sequer está com o asfaltamento concluído. Diante desse cenário, questionou se a Secretaria de Parcerias e Concessões busca outras concessões além das que já estavam previstas, como é o caso da RSC-453, entre Venâncio Aires e Lajeado, a fim de resolver essas situações.
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O secretário Pedro Capeluppi afirmou que a equipe da pasta de Parcerias e Concessões tem estudos em aberto para identificar novas possibilidades. Contudo, nas rodovias onde o volume de tráfego não é tão elevado, será inevitável um investimento público prévio na infraestrutura para viabilizar a concessão. “Temos que estar sempre olhando para novos projetos para colocar na carteira e estruturar. Com o Estado recuperando a capacidade de investimento, o modelo de parceria público-privada, no meu entendimento, é melhor do que o investimento público direto”, enfatizou.
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