Goethe, o maior nome da literatura alemã em todos os tempos (e, na verdade, um dos maiores de todos os tempos no mundo todo), nunca veio ao Brasil. Não, ao menos, na vida real. Porque na imaginação ele, efetivamente, não conseguia deixar de pensar nessa terra distante da América do Sul.
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Ele conversava e se correspondia com muitos grandes expoentes e viajantes do começo do século 19. Entre eles estavam Alexander von Humboldt, Carl von Martius, Eschwege e o príncipe Maximilian de Wied, que viveram temporadas no Brasil e em outras regiões sul-americanas. Por conta das informações que estes lhe repassavam, em seus diários e estudos científicos Goethe seguidamente se referia ao Brasil.
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É a partir desse material que o escritor alemão Sylk Schneider compôs Viagem de Goethe ao Brasil: uma jornada imaginária, publicado em 2008, e que agora finalmente é lançado por aqui em edição da Nave, com tradução de Daniel Martineschen. A edição brasileira é enriquecida com gravuras, manuscritos e mapas da Biblioteca Particular de Goethe e reproduz muitos documentos que pela primeira vez são divulgados no Brasil.
Por conta desse esforço editorial, que teve lançamentos em Santa Catarina, com a presença de Schneider (em Blumenau, por exemplo), os leitores brasileiros podem apreciar o quanto o autor de Fausto e de Os sofrimentos do jovem Werther era um apaixonado pelo Brasil, ainda que nunca tivesse tido a oportunidade de visitar esta terra.
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