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Trabalho

A importância de humanizar espaços de trabalho

Muitas pessoas enxergam a arquitetura dos ambientes apenas pelo valor estético, sem se preocupar com a saúde e qualidade de vida dos profissionais que irão trabalhar nesses espaços. Porém, a falta de cuidado em projetar ambientes mais “humanos” pode ser considerado um alto risco para as empresas. Segundo a arquiteta especialista em ambiente de trabalho, Priscilla Bencke, um espaço de trabalho não deve zelar somente pela boa aparência, mas deve garantir o bem-estar, a segurança e a saúde dos colaboradores. Como seres sensoriais, somos impactados o tempo todo por tudo ao nosso redor. “Nos locais de trabalho essas influências tornam-se ainda mais intensas, pois, passamos cada vez mais tempo sentados na frente do computador em escritórios que muitas vezes, são projetados de forma inadequada”, relata a especialista.

De acordo com a especialista Priscilla Bencke, muitos ambientes de trabalho trazem sérios prejuízos à saúde dos profissionais como, por exemplo, a ansiedade e o estresse. “Readequar espaços de trabalho é muito importante, pois implica diretamente na saúde, criatividade, produtividade e desenvolvimentos dos funcionários”, complementa arquiteta. O principal objetivo de qualquer projeto para um ambiente de trabalho é focar nas necessidades dos usuários, ou seja, adaptar o ambiente ao ser humano. “Normalmente esse objetivo acaba se perdendo em função de custos, estética ou mesmo de decisões de projetos baseado nas informações de gestores. Por isso, o foco deve ser sempre humanizar esses espaços”, declara Priscilla.

Espaços que visam a qualidade corporativa

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O primeiro passo para planejar um escritório que estimule a saúde e o bem-estar é conversar individualmente com cada um dos profissionais da empresa. Através de um formulário e levantamento fotográfico, é possível conhecer a percepção e experiência de cada um dos colaboradores, além de seus agrados e incômodos. “Inclusive é possível saber sobre a saúde da pessoa como, por exemplo, se sente algum desconforto durante o trabalho? Ou se passa muito tempo sentado em frente ao computador?”, conta arquiteta. Essa atenção individual é o que fará a diferença para se alcançar um ambiente personalizado e propício para cada um dos departamentos.

O ideal é que o ambiente atenda ao máximo as necessidades de cada um dos profissionais. Se, por acaso, a empresa é nova e ainda não traçou um perfil para seus colaboradores, o melhor é planejar um ambiente o mais flexível possível. Para isso, existem recursos como cadeiras e mobiliários com múltiplas regulagens, assim como iluminação com acionamento individual e equipamentos móveis que podem auxiliar no atendimento universal.

Um ambiente físico inteligente, bem planejado, com múltiplos espaços é capaz de produzir muitos benefícios para o desempenho profissional. “O ideal é estimular os profissionais a serem mais ativos”, ressalta Priscilla. Ambientes que oferecem múltiplos espaços para trabalhar incentivam os colaboradores a não ficarem sentados o tempo todo. Além disso, desenvolver o hábito de levantar com frequência e caminhar durante o expediente evita problemas físicos de má postura, estimula hábitos mais saudáveis e melhora a circulação sanguínea.

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De acordo com uma justificativa biológica comprovada pela neurociência “ambientes enriquecidos” estimulam a neuroplasticidade cerebral, que ativa diferentes áreas do cérebro e estimula habilidades de inovação e criatividade entre os profissionais. Outros benefícios da plasticidade neural são associados com a prevenção de doenças degenerativas como o Alzheimer.

Com a inserção de estratégias ambientais nos espaços corporativos é possível garantir que os colaboradores trabalhem de forma mais motivada e saudável, ou seja, oferece benefícios a todos os envolvidos, inclusive à empresa que obtém melhores resultados de produtividade.  A estética nunca deve ser a prioridade, pois, pode gerar a resolução de outros problemas futuramente. A qualidade corporativa visa um olhar mais humano e atende as necessidades de cada colaborador. “É uma espécie de ganha a ganha porque sai ganhando o funcionário que vai atender melhor as necessidades dele e ganha a empresa, porque ele vai produzir melhor e apresentar mais resultados”, conclui a arquiteta.

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