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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

A história da fábrica de balas Ammon em Santa Cruz (Parte 2)

Semana passada, iniciamos o resgate da história da família de imigrantes Ammon, que veio para Santa Cruz do Sul em 1925. Com a morte do patriarca Henrich, em 1954, o filho Henri Ammon assumiu o comando da fábrica de balas que ficava na Rua Assis Brasil, 915.

Henri e a esposa Hertha (Adam, de casa) tiveram os filhos Karl e Jeanne. Ele herdou do pai o gosto pela produção de balas, ciências, esportes e arte. Tocava cítara e apresentava-se para a família e amigos, além de ser convidado da Orquestra Lira. Foi atleta da Ginástica em modalidades olímpicas.

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Na Alemanha, Henrich foi colecionador de borboletas, hobby que passou ao filho. Henri foi um dos colecionadores (entomologista) mais conhecidos do Estado, chegando a possuir 1.992 espécimes brasileiras, europeias, japonesas, chinesas e outras, catalogadas cientificamente.

Quando viajava, levava uma rede para apanhar os insetos. Também percorria as matas no entorno da cidade em busca de novas variedades. Uma da ilha de Sumatra (Indonésia) era considerada a mais bonita.

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A coleção pode ser admirada no Museu do Colégio Mauá. Henri ainda fazia quadros com borboletas, que eram vendidos para compradores de fumo de outros países que vinham a Santa Cruz.

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Uma das decepções dos Ammon ocorreu na 2ª Guerra, quando a língua alemã foi proibida no Brasil. Como pai e filho costumavam escutar as notícias da Alemanha, foram presos e tiveram o rádio confiscado. Para completar, a fábrica foi apedrejada e teve janelas e portas quebradas.

A fábrica de balas H. Ammon, que tinha o nome fantasia de Rocsana, encerrou as atividades em 1965. Henri faleceu em 1994 e está sepultado no Cemitério Municipal de Santa Cruz, onde também descansa seu pai Heinrich.

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Fonte: Karl e Jeanne Ammon

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Foto: Divulgação
No lombo do cavalo, Henri Ammon percorria a região vendendo balas
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