A sociedade conviveu, ao longo de quase todo o ano, com um ambiente nada normal para a celebração de datas especiais. A pandemia alterou tudo. Tudo. E assim chegamos ao Dia dos Pais, comemorado neste domingo. Talvez até já sem a mesma angústia ou a tensão que cercavam as datas festivas nos primeiros tempos de distanciamento social em virtude da Covid-19, porque até para situações excepcionais a certa altura nosso ânimo se ajusta e se acostuma; ainda assim, certamente nas famílias a precaução falará mais alto e não haverá grandes ajuntamentos.
A exemplo das medidas que foram motivadas por datas como a Páscoa, o Dia das Mães, o Dia dos Namorados ou o recente Dia do Colono e do Motorista, o Dia dos Pais chega marcado ainda com a pressão das orientações de prevenção na Saúde. Mas, agora, estamos em pleno agosto, e suportamos quase todo o inverno, o que não é pouca coisa em se tratando de período por si só sempre complicado para pessoas de grupos de risco, como crianças, idosos e convalescentes. E estamos enfrentando a pandemia num inverno de muitos contrastes em termos de frio e calor, estiagem, chuva forte e umidade, e, de fato, nos últimos dias os hospitais testemunharam maior afluência de pessoas em busca de atendimento.
Nesse contexto, o Dia dos Pais chega como uma oportunidade de ainda maior união e aproximação. Em muitos núcleos familiares, a pandemia trouxe alterações drásticas e até traumáticas na estabilidade econômica. Tantos pais, em muitos casos o esteio financeiro da casa, perderam o emprego ou tiveram os ganhos reduzidos. Em paralelo, com a interrupção nas aulas e a permanência prolongada dos filhos no lar, bem como diante da necessidade de todos, em idade produtiva, se desdobrarem em busca de renda, criaram-se situações talvez imprevistas, nunca pensadas. No entanto, como em todas as circunstâncias fora de normalidade na vida, cumpre exercitar, em todos os momentos, a paciência, a resiliência, a calma. Ao lado das pressões da saúde e das finanças, manifestar destempero, impulsividade ou rancores só pode complicar ainda mais o ambiente. A palavra destes tempos é: serenidade.
Publicidade
Assim, para pais e filhos, em pleno Dia dos Pais, quem sabe esteja criado, agora, o clima para uma união perfeita, máxima, marcada pela compreensão, pelo apoio, pelo ombro amigo. Estão todos juntos no mesmo barco, e se todos ajudarem a remar e colocar a rotina no bom curso, haverá menos desgaste de energia e mais qualidade de vida, com simplicidade. Se em família a lição de casa estiver feita, a tarefa já será muito mais factível também em sociedade. E logo ali adiante todos estarão novamente sorrindo, serenos, plenos, confiantes, e com os pés no chão, sem rompantes e sem destempero.
Um ótimo Dia dos Pais: para os pais, os filhos e suas famílias.
Publicidade
This website uses cookies.