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A Gazeta esteve lá: no apartamento de Lya Luft

É praticamente impossível referir o cenário cultural e artístico de Santa Cruz do Sul e do Vale do Rio Pardo e não lembrar da escritora Lya Luft. Essa santa-cruzense, que completou 82 anos no dia 15 de setembro, é, de forma incontestável, o maior nome da literatura da região central do Estado, com obra ampla e que perpassa os mais variados gêneros, uma intelectual que se posiciona, formadora de opinião em âmbito de País, e num ambiente cultural em geral tão pouco afeito a emitir publicamente pontos de vista.

E, uma vez que se trata do grande nome das letras da região, com frequência Lya Luft concede entrevistas à Gazeta do Sul e às demais plataformas da Gazeta. Em muitas ocasiões, ela recebeu equipes de jornalistas e de fotógrafos da empresa em seu apartamento, em Porto Alegre, para momentos de conversa e de reflexão, para falar de novas obras que estivesse lançando, ou simplesmente para lembrar de Santa Cruz do Sul.


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Foi o que aconteceu, por exemplo, às vésperas do momento em que completou 80 anos, em 15 de setembro de 2018, circunstância na qual foi homenageada pela Academia de Letras de Santa Cruz do Sul com uma exposição alusiva a sua obra e a sua vida, incluindo telas de sua autoria, uma vez que, em paralelo à literatura, também se dedica às artes plásticas.

A romancista Lya e seu animalzinho de estimação


Formada em Pedagogia e em Letras Anglo-Germânicas pela Ufrgs, Lya Luft radicou-se em Porto Alegre, e, em 1963, em cerimônia realizada na Catedral São João Batista, casou-se com Celso Pedro Luft, com quem teve três filhos: Susana, André (falecido em 2017) e Eduardo. Em 1985 Lya separou-se de Luft e passou a viver com o psicanalista Hélio Pellegrino, no Rio de Janeiro. Pellegrino faleceu em 1988; quatro anos depois, Lya voltou a morar com Celso Pedro em Porto Alegre, de quem ficou viúva em 1995. Hoje, está casada com Vicente Britto Pereira, que também é escritor.

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Foi ainda professora e tradutora, tendo versado para o português obras de autores como Virginia Woolf, Hermann Hesse, Doris Lessing, Günter Grass, Thomas Mann e W.G. Sebald. Já após os 40 anos lançou o romance As parceiras, em 1980, e prontamente foi acolhida como uma das grandes vozes femininas na literatura brasileira, condição que se fortaleceu nos anos seguintes, a cada novo romance.

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Com a obra O rio do meio, de 1996, inaugurou nova vertente de escrita em sua obra, na linha da memória, da filosofia, da reflexão sobre a condição feminina, tudo permeado pela poesia e por suas vivências. Secreta mirada, de 1997, e, especialmente, Perdas e ganhos, de 2003, firmaram de vez esse estilo, levando-a ao topo das listas de mais vendidos no mercado brasileiro.

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Posteriormente, adotou a crônica e o texto opinativo como vias de expressão, tornando-se colunista de revista semanal de abrangência nacional, e seguiu alternando publicações de novos textos de ficção com os de crônica e opinião. A cada novo livro, como aconteceu com o lançamento do volume de crônicas As coisas humanas, em maio deste ano, a Gazeta costuma abrir espaços para entrevistas com Lya.

Lya Luft é uma das grandes escritoras da atualidade


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