O engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, natural de Cordeirópolis (SP), 78 anos completados no dia 12 de agosto, foi responsável direto por algumas das mais importantes inovações do agronegócio brasileiro. Na condição de ministro da Agricultura no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, tendo permanecido no cargo entre 2003 e 2006, ele revolucionou o setor agrícola com a internacionalização do comércio agrícola, o fortalecimento da pesquisa, a agroenergia, com apoio ao etanol e ao biodiesel; e o seguro agrícola. Ao longo de seu tempo no ministério, e mesmo após sua saída do governo, Rodrigues sempre teve forte vínculo com a Gazeta, um entusiasta dos anuários de agronegócio da Editora Gazeta.

Por conta dessa proximidade, Rodrigues assinava com frequência textos de apresentação das publicações. E um ano após a sua saída do Ministério da Agricultura, ele recebeu equipe da Gazeta para ampla reportagem, resgatando sua trajetória de formação, atuação profissional e liderança. A reportagem foi veiculada no Anuário Brasileiro da Agroenergia 2008.

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Entre outras evidências de seu pioneirismo, Rodrigues foi o primeiro não europeu a assumir a presidência da Organização Internacional de Cooperativas Agrícolas (de 1992 a 1997) e da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), de 1997 a 2001, além de ter sido liderança das entidades e organismos do cooperativismo brasileiro. Doutor honoris causa em diversas universidades, condecorado e laureado, é coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e titular da Cátedra de Agronegócios da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), sendo mestre de milhares de especialistas do universo do agronegócio nacional e internacional.

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Na condição de líder e autoridade, e ao mesmo tempo pessoa simples, atenciosa, receptiva e comunicativa, autor de diversos livros, Rodrigues recebeu a jornalista Angela Zamberlan Vencato e o fotógrafo Sílvio Ávila, da Editora Gazeta, entre o Natal e o Ano Novo de 2007. No dia 27 de dezembro, foram recepcionados em uma das fazendas da família, a Santa Izabel, em Jaboticabal, na qual se sente, literalmente, em casa. Para lá se mudou em 1948, ainda menino. “Conheci isso tudo a cavalo”, frisou, e fez questão de montar e de sair a cavalo para fotos tiradas por Sílvio Ávila. No local estão seu escritório, sua casa, construída em 1966, e a casa antiga, de 1918.

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No entorno, as lavouras de soja, uma das culturas às quais Rodrigues se dedica, além da cana-de-açúcar e da pecuária de corte. Posou ainda em seu escritório, tendo ao fundo sua biblioteca, e brincou com os cães. Ele igualmente adora a música, tendo inclusive gravado CDs como cantor, e a literatura, escrevendo letras de canções e romances. “Quando chego aqui, gosto de parar o carro, abrir os vidros e sentir o cheirinho agradável que as árvores exalam”, revelou, com emoção, referindo-se a uma alameda de eucaliptos. Ele foi, é e tende sempre a ser uma das maiores autoridades mundiais quando o assunto é agronegócio, e a Gazeta teve o privilégio de visitá-lo e de acompanhar sua fascinante trajetória.

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