Assim como Santa Cruz do Sul e a região são identificadas como a terra do tabaco, e Ilhéus e Itabuna, na Bahia, são a terra do cacau, Holambra, em São Paulo, é nada mais, nada menos do que a terra das flores. E, na proximidade da chegada da primavera de 2020, na próxima terça-feira, 22, nada melhor do que lembrar do colorido da paisagem e do ambiente cativante que cerca essa capital da floricultura e do paisagismo em terras paulistas. E a Gazeta, identificada com dezenas de polos de cultivo do agronegócio brasileiro, ao longo dos anos estabeleceu profunda relação com Holambra e seu principal produto, tipo exportação.
Para a elaboração do Anuário Brasileiro das Flores, a equipe de jornalistas e de fotógrafos da Editora Gazeta viajou ao longo dos anos para Holambra e a região vizinha, na qual centenas de produtores, dos mais variados portes, se dedicam à produção de variadas espécies, em particular as que chegam, com qualidade e quantidade regular, aos mercados de todo o País, inclusive na região sul. E o momento em que toda essa enorme e complexa cadeia produtiva se encontra é a Expoflora, a maior festa das flores da América Latina, que, obviamente, acontece em setembro, o mês da primavera. Ali, expositores, produtores, fornecedores e compradores interagem, estabelecendo negócios e se informando, e a Gazeta costuma estabelecer os contatos com suas clientelas do anuário.
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Holambra é uma cidade originada em região colonizada por holandeses, e entre as tradições dessa etnia está justamente o cultivo de flores, com destaque para as tulipas. Com cerca de 15 mil habitantes, fica nas proximidades de Campinas, em torno de 40 quilômetros distante desta. Com um polo de cultivo muito concentrado, a produção de flores e plantas ornamentais se dá em pequenas áreas, mas dotadas de tecnologias de vanguarda, com climatização e proteção. Com isso, a cada dia são colhidas milhares de unidades, enviadas para o país e para o exterior. E a grande referência na comercialização é o Veiling Holambra, um entreposto, ou central de abastecimento, uma espécie de Ceasa das flores, onde os produtores levam os lotes de sua produção para os negócios.
Trata-se de uma cooperativa, fundada em 1989, há mais de 40 anos, e hoje tida como o maior centro de comercialização de flores e plantas ornamentais do Brasil. Sozinho, abastece quase metade de tudo o que é fornecido nesse setor no País. Os fotógrafos da Editora Gazeta ao longo dos anos sempre produziram um banco de imagens diferenciado a partir da movimentação do Veiling, e acompanharam os produtores até suas propriedades, registrando os tratos culturais, a colheita, a preparação das flores nos packing-houses antes do envio para a comercialização e o mercado. Em paralelo, as principais lideranças dessa cadeia produtiva sempre tiveram no Anuário Brasileiro das Flores um espaço privilegiado para expor suas ideias, projetar o futuro e estabelecer negócios e parcerias, dentro e fora do País.
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Por isso, com a chegada da primavera, neste 2020 tão conturbado, lembrar de Holambra e se inspirar na beleza das flores é uma forma de mentalizar que, a exemplo de cada planta, que se prepara para a renovação, a sociedade também pode e deve, de novo, se renovar, reflorir.
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