O escritor chileno Antonio Skármeta, mundialmente conhecido em especial por seu romance O carteiro e o poeta, adaptado para o cinema, esteve de aniversário nesse sábado, 7, quando completou 80 anos. Nascido na cidade de Antofagasta, no norte do Chile, e radicado em Santiago, a capital, foi, em paralelo a sua dedicação à escrita, professor universitário, roteirista e diretor de cinema, e diplomata, tendo exercido a função de embaixador do Chile em Berlim, na Alemanha, no início dos anos 2000.
E, a par de sua popularidade internacional, e da consagração na literatura de seu país, Skármeta acabou por estabelecer fortes vínculos com Santa Cruz do Sul, cidade que visitou, na qual foi patrono da Feira do Livro, em 2012, e com a qual estabeleceu profunda simpatia. E a Gazeta, em várias ocasiões ao longo dos anos, realizou entrevistas exclusivas com Skármeta, muito antes inclusive de sua primeira vinda à região.
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Em 2002, na condição de convidado do Consulado Alemão para intercâmbio de um mês na Alemanha, o jornalista Romar Rudolfo Beling teve o primeiro contato com o escritor, quando este era o embaixador do Chile naquele país. No início de setembro daquele ano, Beling foi recebido por Skármeta, já famoso no mundo todo por conta do sucesso de O carteiro e o poeta, na embaixada, na Mohrenstraze. Ali, entre goles de café, concedeu a primeira entrevista exclusiva, veiculada nas páginas do Magazine, o suplemento de final de semana da Gazeta do Sul.
Quase uma década depois, em novembro de 2011, desta vez em viagem a trabalho a Santiago do Chile, Beling mais uma vez estabeleceu contato com o escritor, na cidade na qual ele residia, uma vez que havia retornado a seu país após se desincumbir das funções diplomáticas na Alemanha. Agora estava se dedicando exclusivamente a sua obra literária, e inclusive acabara de ganhar o prestigioso Prêmio Planeta/Casa de América daquele ano com o romance Los días del arco iris, no Brasil traduzido como O dia em que a poesia derrotou um ditador.
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Beling fez contato com o autor, por telefone, em sua residência, exatamente no dia 7 de novembro; ou seja, há exatos nove anos nesse sábado, e justamente no dia em que ele estava de aniversário. Conforme combinaram na ocasião, no dia seguinte Skármeta concedeu entrevista, novamente veiculada no Magazine, na edição de 19 e 20 de novembro de 2011, sob o título “Simpatia por escrito”.
A partir daquelas conversas, no ano seguinte ele viria ser o patrono da Feira do Livro de Santa Cruz, e por aqui concedeu mais entrevistas à Gazeta. Como seguiu em contato constante com a Gazeta ao longo dos meses e dos anos, inclusive quando seu romance Um pai de cinema foi adaptado para as telas no Brasil, com direção de Selton Mello, O Filme da Minha Vida.
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Durante esse processo, e ao longo dos anos seguintes, Skármeta manteve vínculos com Santa Cruz, o que inclui parceria com o músico Killy Freitas, que resultou na gravação de um CD. E todas essas atividades culturais a Gazeta divulgou e registrou.
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