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A Gazeta esteve lá: na COP 4, em Punta del Este

“COP 4 começa em clima de incerteza” estampou o título da matéria assinada pela jornalista Michelle Treichel na Gazeta do Sul do dia 16 de novembro de 2010, uma terça-feira. A repórter escrevia a partir de Punta del Este, no Uruguai, onde se encontrava para a cobertura da Conferência das Partes (COP 4) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Era a quarta ocasião em que se reuniam representações de mais de uma centena de países signatários desse protocolo global para controle e prevenção em relação ao cigarro. Como o tema sempre foi relevante para a cadeia produtiva do tabaco, da produção ao processamento e à industrialização, sediada no Vale do Rio Pardo, a Gazeta marcou presença a fim de acompanhar muito de perto as discussões.

O relato feito por Michelle resultou na manchete daquela edição. A jornalista advertia que parte do futuro do setor fumageiro no Brasil começara a ser decidido no dia anterior, no evento. A COP de Punta del Este realizou-se entre 15 e 20 de novembro de 2010, no Hotel Conrad. Além da delegação oficial do Brasil, com representantes dos diversos ministérios e organismos federais, uma comitiva formada por representantes dos setores da produção e industrialização do tabaco no Brasil deslocou-se ao país vizinho. Embora sem ter acesso ao ambiente dos debates, a preocupação era a de estar o mais próximo possível do cenário das tratativas.

Os debates aconteceram no Hotel Conrad, em 2010

A exemplo do que aconteceu em Punta del Este, as edições seguintes da COP tiveram acompanhamento da Gazeta. A edição seguinte, a COP 5, ocorreu na Coreia do Sul, e a partir da sexta, a de Moscou, a Gazeta novamente se fez presente com jornalista em todas as edições.

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Na edição da Gazeta do Sul de 17 de novembro de 2010, Michelle informava que a comitiva de líderes da cadeia produtiva de toda a região Sul do Brasil encontrara-se com o embaixador do Brasil no Uruguai, José Carlos Souza Gomes, a fim de solicitar atenção diplomática às demandas do setor produtivo.

Já na edição de quinta-feira, 18 de novembro, o tema era novamente assunto da manchete, informando que o “Brasil defende debate e prazo sobre artigos”. A referência era aos artigos 9 e 10 da Convenção-Quadro, que se relacionam com a saúde pública e os malefícios causados pelo cigarro, envolvendo ainda a possível restrição a aditivos que aumentam a atração do cigarro e, na opinião de profissionais da saúde, facilitam a iniciação ao tabagismo. A posição do governo brasileiro seria a de retomar o debate sobre esse tema internamente, ouvindo outros setores da sociedade.

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Estavam em pauta ainda os artigos 17 e 18, que envolvem estímulos à reconversão das lavouras de tabaco, com a introdução de alternativas, o que não chegou a avançar ou evoluir muito ao longo da década seguinte. Mas a edição de final de semana enfatizava que o impasse sobre os temas em debate em Punta del Este marcava o final da COP 4.

E no arremate da cobertura, na segunda-feira, dia 22, já após o encerramento do evento, ocorrido no sábado, Michelle informava que a decisão da COP 4 era pela manutenção da variedade Burley nos cigarros, diante da ameaça de proibição do uso com a derrubada dos aditivos. E os produtores de tabaco e a cadeia produtiva voltavam do Uruguai um pouco mais aliviados.

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