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CRÍTICA

A Gazeta conferiu: Avatar faz um alerta líquido e certo

O primeiro (e inesquecível) Avatar, de 2009, que se firmou no imaginário e na memória de espectadores em todos os recantos do planeta, tinha o universo criativo apoiado no elemento ar. Era em busca de novos… ares, fugindo de um cada vez mais poluído e dilapidado planeta Terra, que pioneiros (ou seus avatares) haviam singrado os confins do espaço sideral até aterrissar no distante mundo de Pandora.

Treze anos depois, o mesmo diretor, o mestre James Cameron, revisita Pandora, em Avatar: O Caminho da Água, lançado com estardalhaço em dezembro de 2022. Agora, o olhar e as atenções voltam-se, como sinaliza o próprio título, para o ambiente aquático. No primeiro, o público ficou encantado com o encontro do avatar Jake Sully (Sam Worthington) com a nativa Neytiri (Zoë Saldaña), do povo local Na’vi. E ficou menos encantado, claro, com a sanha exploratória ou destruidora dos enviados pela humanidade, os emissários avatares, designados para explorar recursos naturais, em especial os energéticos, cada vez mais escassos na Terra e em outros recantos do universo.

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O clima idílico e harmonioso da atmosfera de Pandora remetia, no primeiro Avatar, claramente para o suposto paraíso intocado que teria sido a Terra antes da gradativa devastação e do desequilíbrio ambiental promovido por humanos. O que o povo Na’vi e outras etnias no entorno das ilhas flutuantes no ar de Pandora representavam era a capacidade de coexistência harmônica com todos os demais seres. Mas os invasores colocam tudo em risco, em nome de ganância e de interesses espúrios.

Na continuação, superado o enfrentamento com os avatares, Sully e Neytiri formaram uma família, e vivem novamente integrados ao meio, desfrutando de paz e felicidade. Mas o perigo novamente ronda aquele mundo, e ele mais uma vez atende pelo nome de terráqueos. Só que agora a batalha já não será travada exatamente no ar, e sim dentro da água e sobre ela.

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Esse novo foco sem dúvida sinaliza para a evidente ameaça, já impossível de ignorar, que paira sobre o mundo aquático, líquido, também no planeta Terra. O que acontece em Pandora, no filme, é uma metáfora escancarada de quanto urge a necessidade de cuidar, zelar e reconstruir uma mínima harmonia com oceanos, mares e todas as fontes de água (potável ou habitável) neste planeta que habitamos. Ao comprometer os recursos naturais, vitais, a humanidade coloca tudo a perder, a começar pela própria subsistência.

Os recursos digitais explorados em Avatar: o Caminho da Água, como já ocorrera com o pioneiro, em 2009, colocam esta continuação na vanguarda do que que de melhor o cinema contemporâneo pode fazer. Não se medem esforços nesse sentido. Mas ir a uma sessão para se ater à técnica, ou aos meios de última geração, não faz muito sentido: o que Cameron (e a franquia Avatar) oferece é oportunidade única, valiosa, de reflexão: por isso, cabe deter-se mais nos temas propostos, para assimilar e perceber recados, de tal forma que o filme quase se transforma numa aula de filosofia e ecologia.

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Deixa-se o cinema com a sensação de que um alerta muito sério foi dado. Um alerta que cumpre não ignorar, para que possamos promover mudanças na vida pessoal e familiar, em nossa relação com tudo o que há em torno da humanidade. E sem tempo a perder.

Recordes

Mais do que emocionar, Avatar: o Caminho da Água quebra recordes. No momento, já é a quinta maior bilheteria da história do cinema, com a façanha de Cameron ter posicionado três entre os cinco filmes de maior retorno financeiro. O líder absoluto, claro, é o primeiro Avatar, que faturou US$ 2,847 bilhões. O segundo é Vingadores: Ultimato, com US$ 2,797 bi. Então vêm Titanic, com US$ 2,2 bi, e Star Wars: o Despertar da Força, com US$ 2,069 bi. Pois na quinta-feira Avatar: o Caminho da Água chegou ao quinto lugar, com US$ 2,050 bi, e segue a passos largos rumo ao topo da lista.

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