De que forma você deseja crescer no próximo ano? Que tipo de homem você quer ser? O que você quer que as pessoas pensem quando te virem? Esses são os questionamentos que o personagem Joshua Moore faz ao protagonista Isaiah Wright no primeiro ato de A Forja – O Poder da Transformação. Em cartaz no Cine Santa Cruz (que realizou sessão especial para a Gazeta do Sul na quinta-feira), a produção evangélica tem se destacado na bilheteria brasileira pela jornada de transformação retratada na obra.
Isaiah tem 19 anos e não sabe o que quer da vida. Divide o tempo entre longas partidas de videogame e jogos de basquete com os amigos. Um dia, a mãe, Cynthia (que também precisa assumir a figura paterna), coloca uma condição para o filho continuar morando com ela: arrumar um emprego e pagar aluguel.
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Na busca por um trabalho, acaba indo parar na Moore Fitness, fabricante de produtos de academia. Enquanto assina formulário de aplicação para vaga, o jovem é abordado por um senhor. Ele age de maneira grosseira, sem saber que estava falando com Joshua Moore, o presidente da empresa.
O empresário oferece oportunidade para trabalhar na empresa por meio turno. Em troca, pede para que o rapaz se reúna com ele duas vezes por semana para uma mentoria. Nos encontros, Moore ensina lições de vida ao novo empregado, que não tinha até então figura paterna na sua rotina. Aos poucos, começa a amadurecer, a assumir responsabilidades, e passa a se aproximar da religião.
Embora a trama siga o padrão dos filmes evangélicos, A Forja se esforça para furar a bolha. Ponto alto da narrativa, as conversas entre discípulo e mentor não se limitam à religiosidade (embora ela seja o fator responsável pela transformação de vida do protagonista). A maior contribuição de Moore para Isaiah, e para o público, é sobre as relações de trabalho. Como presidente da empresa, empenha-se para criar um ambiente saudável, onde seus funcionários possam se espelhar nele. E o principal, respeitá-lo. “Trate os outros como você quer que os outros te tratem”, enfatiza.
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Embora seja uma mensagem batida, cabe perfeitamente no contexto atual. Afinal, é um mundo onde doenças como ansiedade, depressão e burnout tornaram-se consequência de ambientes de trabalho tóxicos. Pode-se ver na tela um exemplo de liderança que bate de frente com a cultura nociva vista em todo o mundo, que resulta em excesso de estresse e na queda de produtividade da equipe. E a mudança no comportamento de Isaiah é fruto da forma como Moore trata a ele e a seus demais funcionários. Sua atitude é retribuída pelo esforço e dedicação da equipe para realizar uma tarefa que vai salvar o futuro da empresa.
Do ponto de vista religioso, não há dúvida que irá agradar aos evangélicos. Torna-se experiência única de conferir no cinema e poder compartilhar com amigos e familiares. Para o resto do público, esse aspecto pode não ser convincente. Embora seja história interessante de mudança de vida, o desenvolvimento de Isaiah ocorre de forma apressada demais. Apesar disso, A Forja tem temáticas interessantes. Por tentar se comunicar com todos os públicos, tornou-se um dos filmes mais assistidos pelos brasileiros recentemente.
Cine santa cruz – sala 2: 19 horas (2d, dublado) 21h15 (legendado)
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