Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

empoderamento

A força e o progresso da mulher no meio rural

Produtora rural de Segredo, Lenara Raminelli tem na agricultura o sustento próprio e da família | Foto: Victor Paranhos

Uma profissão um tanto quanto discreta aos olhos de muitos, uma classe batalhadora que busca o merecido reconhecimento pela árdua dedicação em produzir o alimento da população. 15 de outubro, data que marca a luta feminina por esta categoria tão nobre e importante para a sociedade. O Dia Internacional da Mulher Rural foi instituído pela ONU em 1995, com o objetivo de elevar a consciência mundial sobre o papel da mulher do campo. Em uma realidade mais regional, a mulher rural ganha grande destaque, mesmo que no anônimo de uma propriedade distante dos grandes centros.

A maior parte das mulheres residentes no meio rural e que lá trabalham, geralmente vem de uma família que permaneceu nessa jornada durante gerações, porém, muitas mudaram essa visão da obrigação de permanecer no campo, e veem como uma opção de ganhar a vida e trabalhar por conta própria. Segundo a produtora rural do município de Segredo, Lenara dos Santos Raminelli, de 35 anos, que trabalhou no campo durante toda a vida, “no começou foi como uma obrigação, mas hoje é a opção que temos, pois agora existem mais recursos, trator, implementos, enfim, se torna mais fácil trabalhar. Existe também produtos que são usados para acabar com as pragas, o que antigamente era feito na enxada, então com certeza era mais puxado”, destaca Lenara.

Lenara em meio à plantação de trigo na propriedade da família no interior de Segredo | Foto: Victor Paranhos

Diante de tantas inovações e mudanças tecnológicas, muita vezes a propriedade precisa se reinventar para não ficar para trás. No caso da produtora, ela realiza pesquisas junto à família sobre produtos ou projetos interessantes e benéficos para a produção da propriedade. “A gente pesquisa bastante sobre plantação, sobre maneiras de tornar o trabalho mais simples, formas de usar mais a cabeça do que a força, tentando sempre produzir mais trabalhando menos”, salienta.

Publicidade

Destaca-se na mulher do interior a força de vontade e dedicação de acordar todos os dias e saber que a propriedade a espera, desde os simples afazeres domésticos, até as grandes lavouras, que exigem esforço e resistência enormes. Lenara detalha as tarefas e responsabilidades na propriedade em que reside e trabalha. “Tudo o que fazemos aqui eu participo, desde tratar os animais, cuidar da casa, trabalhar na lavoura, na horta, tirar leite das vacas, entre várias outras”, conta a agricultora que tem, cuja propriedade tem cerca de nove hectares, onde são cultivados tabaco, trigo, milho, além de criar animais para o consumo próprio, como suínos, frangos e peixes.

LEIA TAMBÉM: Dia Internacional da Mulher Rural: elas são protagonistas do campo

É perceptível que a mulher do meio rural ainda não possui o valor que merece, porém, essa visão já foi mais acentuada do que agora. De acordo com a produtora, “a mulher do campo hoje está se valorizando mais, ela se arruma, ela sai, e, às vezes, não dá nem para dizer que ela é da roça. Então, acredito que atualmente a gente não está deixando essa desvalorização acontecer. Pois não é porque você está na roça que precisa ser taxado como um colono caipira”. Lenara ainda deixa uma posição diante do pensamento preconceituoso com o colono. “Acho que a pessoa tem que abrir a mente um pouco mais, e ver que na verdade todos dependem do agricultor, pois é na colônia onde se produz o alimento de todos, e a gente não pode ser desvalorizado por isso. Tu é um colono ou uma mulher da lavoura e não pode andar bem arrumado? Deve ser uma pessoa grossa? Não! Não é assim, então estas pessoas devem valorizar um pouco mais e aprender com a gente também”, enfatizou.

Publicidade

Foto: Victor Paranhos

Colocando em evidência esta importante data que marca o Dia Internacional da Mulher Rural, a produtora deixa uma mensagem a todas as mulheres do campo. “Se valorizem, se arrumem, saiam bastante, aproveitem, pois não é porque a gente está na lavoura que não merecemos sair, se divertir, conhecer lugares, enfim, se gostem, pois eu acho que se gostando, acabamos passando esse sentimento e essa imagem para as outras pessoas”, conclui a moradora do interior de Segredo, onde reside com o marido e três filhos.

Lenara e o filho mais novo, Gael | Foto: Victor Paranhos

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.