Colunistas

A fadiga dos metais

Ser colunista de um jornal muito sério e bem apreciado como a Gazeta do Sul é, sem dúvida, uma honra. O jornal prima pela excelência no uso do vernáculo, pela linha de excelente conduta. Daí merecer o respeito dos assinantes. Ter uma coluna semanal, além de ser uma honra, significa também evitar de cometer impropriedades, tomar o máximo cuidado para não incorrer em possíveis delitos de opinião.

O colunista não tem como agradar a todos. Sempre haverá alguém, com razão ou não, apontando erros ou desagrados. Faz parte. Acontece que, com o tempo, vão se esgotando os assuntos. No meu caso, optei por não dar mais pitaco sobre política partidária. Não sou filiado a nenhum partido, conquanto tenha recebido convite de várias greis partidárias. Posso dizer que sou um livre pensador e não me atrelo ao que não agrada a minha consciência.

Passei, então, a buscar no baú das minhas lembranças, matérias para passar aos meus leitores.
É consabido que não se pode ser repetitivo. Chega, portanto, um dia em que acontece a “fadiga dos metais”. O que vou escrever na coluna de quinta-feira? Sou natural de Santa Cruz do Sul e muito me orgulho disso. Mas estou distante do cotidiano da cidade. Podem acreditar: quase não conheço mais a cidade, não posso dispensar o GPS.

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Depois do falecimento de meus pais e da minha irmã Cleonice, muito pouco vou à minha cidade natal.
Quis o destino que eu me fixasse em Porto Alegre, Unistalda e Xangri-Lá. É evidente que pouco posso escrever sobre a realidade atual de Santa Cruz. Hoje é uma metrópole e evidentemente cresceu, expandindo-se por todos os lados.

Evidente que, com meus escritos para a Gazeta, consegui granjear muitos amigos, que me brindam com os bem-vindos mails. E, isso é incrível, só nos comunicamos quase sempre por WhatsApp. Esses dias me encontrei, na praia, com um santa-cruzense. Perguntou-me se eu conhecia tal e tal pessoa. Tive que admitir que são poucas as pessoas que ainda conheço pessoalmente.

Voltemos à “fadiga dos metais”. Às vezes acordo de madrugada preocupado com o texto a enviar. Vou aos meus arquivos para olhar se não estou sendo repetitivo. Um amigo querido, que também escreve para a Gazeta, me segredou que publicado o artigo já começa a se preocupar com o seguinte. Penso que a minha solução vai ser espaçar minhas colunas, para recolher com mais vagar meus assuntos. Quem sabe passar para um artigo a cada duas semanas? Pois é o que acabo de combinar com meu querido amigo de infância André Jungblut.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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