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A experiência dos pais durante os primeiros cuidados com os filhos

A plataforma Situação dos Pais no Mundo, relatório global sobre o envolvimento dos homens na paternidade e primeiros cuidados, apontou em 2001 que 85% dos entrevistados fariam o que fosse preciso para participar das etapas iniciais de cuidar de um recém-nascido ou filho adotivo. No entanto, o mesmo relatório revela que a intenção é ambiciosa, já que faltam políticas no ambiente de trabalho que apoiem os pais nesse sentido.

Vinicius Cruz, engenheiro da Japan Tobacco International (JTI) há dois anos, pôde exercer em janeiro deste ano seu direito à licença-família estendida de 28 dias. Ele descreve que foram dias de dedicação extrema, nos quais dividiu com a esposa a responsabilidade pelos primeiros cuidados com a filha Maia. “Vivi intensamente a experiência da paternidade; troquei as primeiras fraldas, dei o primeiro banho. Todo esse processo dos primeiros dias gera uma carga emocional enorme, sendo fundamental estar presente por inteiro.”

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Vinícius sentiu-se privilegiado por trabalhar em uma companhia que lhe permitiu exercer a paternidade ativa desde os primeiros dias. “Voltei ao trabalho na minha melhor versão! Foi um misto de sentimentos bons retornar ao ambiente profissional com a certeza de um bom alinhamento de expectativas entre empresa e empregado.”

Para ele, os dias em que ficou em casa fizeram a diferença. “Isso nos possibilitou construir um ambiente saudável, viver e sentir tudo que há de bom com a chegada de um bebê. E ter consciência para saber lidar com os momentos de exaustão e estresse causados pela privação do sono, por exemplo, algo inerente ao processo”, relata. Prestes a comemorar seu primeiro Dia dos Pais, Vinícius celebra a realização de tornar-se pai, certo de que seu apoio foi efetivo para a construção de um vínculo afetivo rico e saudável. “No ano passado, meu presente de Dia dos Pais foi a foto de um ultrassom e já foi uma experiência emocionante. Agora, a bebê da foto está no meu colo e cada dia vivido com ela é indescritível. Tenho certeza de que a data será tão especial quanto têm sido todos os meus dias.”

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Na JTI, a licença-família contempla todos os colaboradores que se tornam pais mediante gravidez, adoção ou barriga solidária, independentemente de gênero ou orientação sexual. Pela legislação atual, os dias de licença-paternidade variam entre cinco e 20 dias. Mas a política global da empresa prevê licença-família estendida de 28 dias (quatro semanas) para pais e de 140 dias (20 semanas) para mães. No caso de casais LGBTQIA+, o benefício considera 20 semanas de licença ao cuidador primário e quatro semanas ao secundário.

Porém, a partir de janeiro de 2023, a empresa vai equiparar o tempo de afastamento, concedendo 20 semanas de licença remunerada a todos os colaboradores que se tornarem pais e mães, independentemente de gênero, orientação sexual ou forma como os colaboradores se tornaram pais (gravidez, adoção ou barriga solidária).

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Marcio Souza

Jornalista, formado pela Unisinos, com MBA em Marketing, Estratégia e Inovação, pela Uninter. Completo, em 31 de dezembro de 2023, 27 anos de comunicação em rádio, jornal, revista, internet, TV e assessoria de comunicação.

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