Ingressamos em março, mês que, por tradição, denominamos como aquele em que efetivamente a rotina se restabelece como mais normal, após os períodos caracterizados pelas festas de virada de ano e de férias, em especial as do ambiente das escolas e das instituições de Ensino Superior. E agora, em 2022, a expectativa pela chegada a março vinha acompanhada de um forte sentimento para uma real retomada nas atividades produtivas, econômicas, sociais e culturais, depois de praticamente dois anos convivendo com a tensão e a inquietação decorrentes da pandemia.
Era (ao menos isso se identificava em discursos) o momento de acreditar mais, com o possível desencadear dos projetos e das ações por vários meses adiados ou postergados. E mais urgente ou premente ainda se fazia o esforço por mãos à obra, como dizemos, tendo em vista que logo ali adiante vêm uma campanha eleitoral acirrada em níveis federal e estadual, com os pleitos no Executivo e no Legislativo, e, ato contínuo, mais uma Copa do Mundo, pela primeira vez em uma reta final do ano.
Mas então somos confrontados, como ocorre já há mais de uma semana, com um inesperado e totalmente imprevisível (como sempre costumam ser os confrontos dessa natureza) conflito armado, diante da invasão protagonizada pela Rússia em território da Ucrânia. Só pela forma como afeta a rotina, no planeta todo, quando as pessoas, de forma compreensível, ficam em completa suspensão em virtude do que ocorre no Leste Europeu, já houve um arrefecimento imediato do ímpeto produtivo. Por envolver duas nações com as quais o Brasil mantém históricos laços comerciais, tendo-as como fornecedoras de insumos, e, ao mesmo tempo, abastecendo-as de commodities (inclusive tabaco), não haveria como esse atrito não ter reflexos na realidade nacional. E as imediatas e crescentes sanções de toda ordem que outras nações foram apresentando à Rússia, por conta dessa invasão de um território vizinho, só complicam ainda mais o cenário.
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Ou seja, o ano que era para iniciar, agora em março, com o tão esperado alento da retomada econômica, corre sério risco de mais uma vez estagnar, ou, pior ainda, de a economia ser tão ou mais duramente afetada do que já foi durante a pandemia. Enquanto não se desenha uma solução para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e na expectativa de que outros dissabores não se juntem a esse, cabe a todas as forças produtivas em realidades local e regional se irmanarem e se apoiarem ao máximo. Assim como ocorreu durante os meses mais intensos de ameaça da Covid-19, só com união de forças, com sintonia e com sinergia, com o empenho de todos, somando e não dividindo, é que poderemos de fato concretizar o que tanto almejamos: que 2022 seja, acima de tudo, e apesar de todos os desafios e de todas as adversidades, um ano bom. Para todos.
Boa leitura, e bom final de semana.
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