Pouca gente sabe, mas a endometriose é uma doença que afeta cerca de 6 milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10 e 15% das mulheres em idade reprodutiva (23 a 45 anos) apresentam esta condição.
A endometriose é uma doença que se desenvolve quando o tecido de revestimento do útero (endométrio) cresce em outras regiões do organismo feminino, tais como ovários, tubas uterinas, ligamentos uterinos, intestino e bexiga.
Nas palavras do Dr. Fernando Guastella, coordenador dos cursos de Ultrassonografia Transvaginal (básico e avançado) e Elastografia do Cetrus, “a endometriose é a presença de tecido endometrial fora do útero”. Funciona mais ou menos assim: no período menstrual, o sangramento apresenta dois caminhos: as células são expelidas pela vagina (menstruação) e algumas refluem pelas tubas uterinas. Quando a mulher tem predisposição para endometriose, algumas células que refluíram pelas tubas, acabam por se implantar e crescem em outros locais da superfície do peritônio (tecido que envolve todos os órgãos intra-abdominais).
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Mais comum do que se imagina, a endometriose acomete muitas mulheres e pode ser detectada em algumas situações, ainda em estágio inicial. “O sintoma mais frequentemente encontrado em pacientes com endometriose é a dor pélvica, tipo cólica. Geralmente essa dor é no período menstrual e vai aumentando gradativamente com a evolução da doença”, reforça Guastella.
Vale lembrar que no período menstrual, muitas mulheres já experimentam dores, as chamadas cólicas menstruais. Para que não haja confusão, o Dr. Fernando alerta: “Devem prestar atenção, as mulheres que nunca tiveram cólica e, em determinando momento, passaram a tê-las; ou as que já tinham, mas perceberam maior intensidade”. Além das dores, outros sintomas podem indicar endometriose e devem ser averiguados. “Durante a menstruação, além das cólicas, algumas mulheres têm diarreia, um sinal bem comum de pacientes com endometriose intestinal. Outras podem ter dores ao urinar (disúria), associado ou não a sangramento”. Estes são sintomas de estágios mais avançados da endometriose e devem ser averiguados.
Independentemente de qualquer um dos sintomas citados acima, outro grande indicador da doença é a infertilidade. Dados da Sociedade Brasileira de Endometriose dizem que a doença é responsável por 40% dos casos de infertilidade no Brasil, mas apenas 1/3 das brasileiras associa a doença à dificuldade de engravidar.
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Não há idade certa para que você comece a se preocupar com isso. Apesar da maior incidência acontecer entre mulheres de 30 a 40 anos, o mais indicado é procurar um ginecologista quando perceber os sintomas abaixo descritos. Por meio do exame físico (de toque vaginal), o ginecologista pode identificar as lesões e solicitar exames laboratoriais com o CA 125, exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal ou a ressonância magnética para diagnosticar e estadear a endometriose.
Fique atenta aos principais sintomas:
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