Assistimos o mundo em colapso absoluto. É assustador ver o que vem à tona todos os dias, e sabemos que tudo isto sempre esteve presente em nossa sociedade. Caso do machismo que pune mulheres há décadas, por serem mulheres apenas.
Pseudomachos, doentes e mal resolvidos em suas crenças confundem amor com posse, discordância com ofensa e, no fundo, consideram o feminino fraco, submisso e inferior. As cúpula política e empresarial, composta por clubes masculinos e visões limitadas, continua decidindo o futuro do mundo. Estupidez virando história.
O racismo estrutural é uma cicatriz vergonhosa da nossa espécie, incapaz de aceitar a igualdade entre todos os seres. Somos multiculturais e a diversidade é nossa maior riqueza. A separação por cor, raça, religião, sexo, território passou a ser inaceitável no mundo moderno. O futuro é supra-humano e pertence a todas as raças que podem viver em harmonia com o planeta, o meio ambiente e as demais espécies animais e vegetais.
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Maus-tratos a animais, conflitos estúpidos, excessos na opiniões políticas e visões paupérrimas sobre o mundo nutrem o debate atual do país. O autoritarismo de poucos e ignorância espiritual de muitos criam essa cultura patética de que um grupo pode ser melhor do que o outro. Basta! Hora de virar a chave.
Vivemos um inferno global, um incêndio moral e alguns ainda acham que o mundo está chato. Chato é viver como se nada disso existisse e ver mulheres, negros, homossexuais e animais recebendo um tratamento desumano.
As mudanças ocorrem em ciclos que repetem padrões muitas vezes. Talvez essa grande convulsão global represente nosso grito de liberdade e fraternidade. As urnas dão um recado muito claro: diversidade, igualdade, espaço e respeito a todos, e uma nova política entra em cena. Os posicionamentos extremos estão sendo substituídos sutilmente por posições mais centradas, pendulares, mas sem excesso. Não podemos permitir despreparados ou desequilibrados no poder, nem mais falta de confiança social nas instituições. O Brasil está em um buraco, com a imagem ruim perante o mundo e à deriva. Não temos tempo para brincadeiras e experimentos catastróficos.
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O mundo espera que, no século 21, tenhamos pessoas mais éticas e íntegras no poder em todas as instâncias. O ativismo social constante já é uma realidade, e nada ficará embaixo do tapete. Basta de impunidade, de comportamentos grotescos, de explicações fajutas. Merecemos viver em uma sociedade mais equilibrada.
O caos atual talvez nos leve a outro patamar. Olhe para um futuro mais distante, transformacional, e considere que o que estamos vivendo hoje molda o futuro de todos nós como sociedade planetária. Suas convicções agora são menos relevantes do que as convicções da maioria. Una-se ao grupo que luta por um mundo melhor.
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