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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

A comunidade do Bom Jesus ergueu a taça

Presidente Marcieli Fernandes exibe as duas taças conquistadas nesta temporada: Copa Cidade e Regional do Vale do Rio Pardo

Goiano, Fogaça e Wagner balançaram a rede no Estádio dos Eucaliptos no último domingo. Depois do apito final, a torcida tingida de vermelho, azul e branco invadiu o gramado. O Futebol Clube Bom Jesus conquistava o primeiro título da Liga Regional de Futebol Amador do Vale do Rio Pardo. No entanto, para ser campeão, a trajetória do “Bonja” foi longa. Muito esforço e dedicação depositados em um projeto vencedor. No post do Facebook, o clube destacou: “A favela venceu! Não basta existir. Tem que fazer história!”.

A presidente Marcieli Fernandes enaltece o apoio da comunidade na trajetória que resultou na taça. No primeiro jogo da final, três ônibus levaram torcedores para o duelo com o Trombudo, em Vale do Sol. Na partida decisiva, mais de mil pessoas estiveram nas arquibancadas do Eucaliptos. “A campanha toda foi assim. Tivemos o apoio da comunidade, o que nos ajudou bastante. O Bom Jesus é uma família”, ressalta.

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O ano tem sido de realizações para a equipe. Em setembro, venceu o Unidos da Villa e faturou o bi na Copa Cidade. Em 2018, o título veio ao vencer o Belvedere. Também no ano passado, o Bom Jesus foi campeão do Regional nos aspirantes. Neste domingo, enfrentará o Gaúcho na decisão da Copa Master Kaiser da Associação do Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Afasc). No Campeonato Municipal, a equipe foi até a semifinal. O time sub-17 está envolvido na primeira etapa da Copa Cidade.

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Para 2020, o Bom Jesus quer aumentar a coleção na galeria de troféus. A expectativa é de mais um ano vitorioso. “Estamos trabalhando no planejamento para fazer essa torcida apaixonada vibrar mais vezes”, ressalta.

Clube tem dois canecos da Copa Cidade e dois do Regional, nos titulares e aspirantes

Diretoria

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Presidente: Marcieli Fernandes
Diretor geral: Lucas Daniel Pereira (Buda)
Auxiliar técnico: Dionatas Lopes (Negão)
Comissão técnica: Jeferson de Souza (Redondo) e Dione Souza
Massagista: Clairton Ferreira (Tim)

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Campanha

Primeira fase
Bom Jesus 2 a 0 Canarinho
América 1 a 5 Bom Jesus
Bom Jesus 2 a 0 Independente
Saraiva 1 a 3 Bom Jesus

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Segunda fase
Saraiva 1 a 2 Bom Jesus
Bom Jesus 1 a 1 Saraiva

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Semifinal
Bom Jesus 0 a 2 São José
São José 0 a 2 Bom Jesus (1 a 0 na prorrogação)


Final
Trombudo 0 a 3 Bom Jesus
Bom Jesus 3 a 0 Trombudo

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O técnico Jaime Borges mora há dez anos no bairro, mas treinou a equipe pela primeira vez no Regional. O convite veio após a quarta temporada na Copa Cidade, sempre em outros clubes. Para ele, a montagem do elenco foi fundamental. “Os jogadores foram escolhidos a dedo. Não teve vaidades. Ninguém reclamou de ter ido para o banco ou algo parecido. Foi um casamento perfeito entre time, comissão técnica, diretoria e comunidade”, considera. Borges agradeceu o apoio recebido, principalmente quando precisou fazer uma cirurgia no tendão de Aquiles. “O Negão assumiu a bronca. Passou o recado para o pessoal na beira do gramado. Mostrou a união de todos. Os jogadores trouxeram o título. Demos apenas o suporte. Eles fizeram o espetáculo”, analisa.

Marcieli já integrava a diretoria em 2018 como diretora geral. Alçada ao posto de presidente neste ano, ela ressalta o planejamento como ponto crucial para o sucesso. “Buscamos patrocínio de diversas formas. Até 50 reais por jogo foi importante. Cada um ajudou da forma que conseguiu. A comunidade abraçou o time e contribuiu diretamente nos títulos. Eles respiram futebol”, explica. No próximo ano, garotos do sub-17 devem ser utilizados no elenco principal. Ainda há outras categorias de base, no sub-12 e sub-15. O Bom Jesus também disputou o Regional de futsal neste ano. “No ano que vem, a expectativa é melhorar. Vamos reforçar a base e fortalecer ainda mais o plantel”, conclui.

O bairro contou com quatro equipes campeãs do antigo Campeonato Citadino. O Metropol levantou a taça em 1984, o Bom Jesus faturou o título no início dos anos 90, o Cruzeiro em 1998 e o Unidos, que era uma escola de samba, em 1999.

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Borges: atletas foram escolhidos a dedo
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