Em 20 de maio de 1970, a Gazeta do Sul noticiou que Roman Riesch e a Cia. de Teatro Riesch-Bühne (ou Buehne) estavam voltando a Santa Cruz do Sul, depois de uma turnê pela Alemanha. Roman, que era ator e diretor, tinha 74 anos e residia na cidade.
Ele adiantou que, durante sua estada na Alemanha, havia contratado novos artistas para a companhia: Norbert Zogelmeier, Helmuth Sideritz, Esther Schmitt, Mizzi Oberberger e o casal Arthur e Christine Willmuth.
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O grupo chegou em 13 de junho com as comédias A confissão do amor e O amigo da casa, de Maximilian Vitus. As apresentações foram no auditório do São Luís, dias 18 e 25, com lotação esgotada.
No dia 20, a trupe apresentou-se no Salão Gressler, de Rio Pardinho, e dia 21 no Salão Brand (Formosa). O fotógrafo Harry Genehr foi aos espetáculos e conseguiu a foto que ilustra a coluna. No verso, estão os autógrafos.
A Riesch-Bühne foi fundada por Franz Paul Riesch em 1872, na Baviera alemã. Com sua morte, em 1923, o comando passou ao filho Roman. Em turnê pela América do Sul, visitou Santa Cruz em 1928, onde conquistou amigos e admiradores.
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Devido à guerra, em 1938 ele veio para o Brasil. Passou por Ijuí e Porto Alegre, mas acabou morando em Santa Cruz. Para não ficar longe dos palcos, criou o Riesch-Bühne com artistas da cidade. Faziam parte Maria Weiss, Hildegard Hennes, Albano Hoppe, Engelbert Hennes, Roman Riesch Fº, Ilse Riesch, Alfredo Fischer e Ruben Werner.
O grupo santa-cruzense viajou por várias cidades. Após dois anos, ele reativou o Riesch-Bühne com artistas alemães. Seguidamente, Roman viajava para a Alemanha, onde conhecia novas peças e selecionava atores para a companhia.
O grupo encerrou as atividades em 1972, quando completou 100 anos. Roman faleceu em dezembro daquele ano e está enterrado no Cemitério Católico.
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