Bom humor. Esse parece ser o antídoto para o caos, como sugere a obra do artista visual Maiquel Moraes, em exibição na Casa das Artes Regina Simonis, na esquina das ruas Júlio de Castilhos com Marechal Floriano, no centro de Santa Cruz do Sul. Afinal, nas 26 telas que compõem o acervo, ao lado do virtuosismo do artista, cujo domínio formal e de estilo se evidencia, sobressai o tom divertido, uma certa leveza que alivia as tensões de tudo o que transparece em paisagens e feições.
Natural de Cachoeira do Sul, mas radicado desde os 3 anos em Santa Cruz do Sul, aos 40 anos, Maiquel já ostenta um currículo de longa dedicação ao universo criativo. Tendo tido contato desde muito cedo com a criação artística, também é tatuador profissional, atividade da qual se ocupa há 26 anos. Ele se mudou para Santa Cruz com os pais, Nilton, já falecido, e Teresinha, e aqui também reside sua irmã Taís.
Maiquel salienta que o domínio em desenho e pintura foi afinado em aulas do extinto projeto Uniarte, mantido ao longo de vários anos pela Unisc, em especial com as orientações que recebia da professora e artista Eliana Baumhardt. Naquela época, ele já participava de mostras coletivas, e mais recentemente vinha planejando a sua primeira individual. Então surgiu a pandemia do coronavírus no horizonte social, e aquele projeto teve de ser adiado.
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Só agora, finalmente, essa ação pôde ser concretizada. A convite de Danúbio Zitzmann, responsável pela agenda cultural e artística da Casa das Artes, mantida pela Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul, a exposição entrou na programação. E é como se, depois do caos representado pela ameaça à saúde pública, a arte viesse para impor um pouco de ordem ao ambiente das emoções e do sentimento.
As obras que estão em exibição na Casa das Artes fazem parte de sua produção mais recente, explica o artista. A curadoria ficou a cargo da também artista plástica Juliane Mai. São telas em óleo, acrílico, bastão em óleo e pastel oleoso, nas quais as cores quentes sobressaem, numa leitura contemporânea que envolve o figurativo e o abstrato, mas com a levada moderna que tão bem se ajusta a um ano no qual se comemorou o centenário da Semana da Arte Moderna de 1922. Todas as telas estão à venda.
Em simultâneo à exibição de 26 obras de sua produção, Maiquel Moraes aproveita sua primeira exposição individual para difundir um olhar macro sobre as artes. Ele recorda que, depois de ter alimentado há dois anos essa mostra autoral, a pandemia fez com que as telas só pudessem entrar no programa da Casa das Artes Regina Simonis em 2022, quando transcorre o centenário da Semana da Arte Moderna, evento icônico da cultura brasileira (sem esquecer que o prédio da Casa das Artes igualmente completa 100 anos).
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Maiquel propõe justamente uma abordagem modernista, a ousadia de criar em sintonia com as possibilidades contemporâneas, mas se guiando pelo que os grandes mestres do Modernismo propunham. No período em que a mostra Caos estará em cartaz, ele recepcionará estudantes de escolas a fim de conversar sobre arte com os estudantes.
O quê: exposição Caos, do artista visual Maiquel Moraes
Onde: na Casa das Artes Regina Simonis, na esquina das ruas Júlio de Castilhos com Marechal Floriano
quando: até o dia 1º de outubro
Visitação: de segundas a sextas, das 10 às 12 horas e das 12h30 às 16h30, e aos sábados, das 10 às 14 horas, com entrada gratuita
Obs: obras do autor estão à venda
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