Tive um bom período de férias, bom porque foi longo e bom porque tive a oportunidade de fazer o que estava planejando já há algum tempo: visitar amigos. Escolhi o assunto como uma forma nostálgica de lembrar dos tempos de escola, quando fazíamos uma composição (atual redação) sobre o que foi feito durante o recesso estudantil.
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É do tempo de criança que trago as mais longevas amizades. Cada um foi para seu lado, seguiu seu caminho, alguns formaram famílias; outros formaram e já desformaram, mas os sentimentos em relação aos amigos continua o mesmo, vivo, presente, apesar da distância. E nem é preciso ficar dizendo a toda hora que existe esse carinho. É como canta o rei Roberto Carlos: “Não preciso nem dizer tudo isso que eu lhe digo, mas é muito bom saber que você é meu amigo”.
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Visitar essas pessoas foi reafirmar um laço. Alguns são mais recentes, mas não menos importantes; alguns são intensos, na linha cantada pelo Fundo de Quintal: “quero chorar o seu choro, quero sorrir seu sorriso”. E todos estão muito próximos do órgão que representa o amor: o coração. Nada mais apropriado do que a canção do Balão Mágico, que diz: “somos amigos, amigos do peito, amigos de uma vez”.
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Foram dias intensos de boas gargalhadas, de contar as mesmas histórias, que já figuraram outros encontros, de relembrar das peripécias da turma, de conhecer novas pessoas e ter a percepção de que o mundo é gigante e, ao mesmo tempo, tão pequeno. Pude usar as palavras de Julio Iglesias e Zezé di Camargo e Luciano: “Amigo eu vim aqui pra te falar, falar da minha vida pra você. Eu sei que você vai me ajudar; eu quero um ombro amigo pra chorar” – nem que seja chorar de alegria.
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Foi tempo de reforçar o entendimento de que viemos ao mundo em uma família, então, não temos escolha – e eu vim em uma maravilhosa, que só me dá orgulho. Os amigos, no entanto, são escolhas, nós observamos, avaliamos e escolhemos aqueles a quem queremos dar esse título. É uma relação nobre, viva, real e que se fortalece. Não é boba e de aceitação cega; há muitas verdades ditas, palavras, às vezes fortes, mas sempre sinceras e com o entendimento do Tiaguinho: “é se dar sem esperar nada em troca dessa união. É ter alguém pra contar, na indecisão”.
Voltei, depois disso, ao trabalho, voltei a noticiar as situações que mudam as nossas vidas e tive, ainda mais, a certeza explicitada no poema do Bráulio Bessa: “É aí nesse momento, confuso, fraco e cansado, que em vez de olhar pra frente, o cabra olha pro lado, e o medo se faz ausente, pois tem gente com a gente, mesmo tudo dando errado”. Faça como eu. Veja seus amigos em vida. Do nada, podemos partir e a palavra que não estará no meu epitáfio é arrependimento.
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