O domingo ensolarado registrou movimentação em diversos pontos de Santa Cruz do Sul. Embora os especialistas recomendem que as pessoas fiquem em casa para reduzir o risco de disseminação do novo coronavírus, nas praças Getúlio Vargas e Siegfried Heuser havia uma quantidade significativa de frequentadores, que aproveitaram para passear, se exercitar e andar de bicicleta. Eram raros os grupos de amigos que compartilhavam o chimarrão. A maioria das pessoas fazia uso de máscara de proteção e respeitava o distanciamento.
A auxiliar de saúde bucal Leni Kessler, 40 anos, que reside em Vera Cruz, seguiu à risca as determinações. Em um banco bem distante das demais pessoas na Praça Getúlio Vargas, ela tomava chimarrão enquanto aguardava o marido, que havia saído com a neta. “Acho que temos que nos cuidar porque o vírus está aí. Podemos sair, mas com cuidado”, disse.
A rotina na casa de Leni e o convívio com familiares e amigos também mudaram em decorrência da pandemia. “Não estamos mais recebendo visitas e nos falamos mais por telefone do que no presencial. O que mais sinto saudade é de visitar minha mãe, ela tem quase 80 anos e mora em Sobradinho. Estou há dois meses sem vê-la por ela ser do grupo de risco”, contou.
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Em frente à Catedral São João Batista, um dos principais pontos turísticos de Santa Cruz, que está com as portas fechadas ao público desde março em razão da pandemia, estava Nara Pinheiro Oliveira, de 53 anos, o marido Jeovane de Souza Oliveira, 52, e os dois filhos, Giovana, 20, e Guilherme, 12. A família, que reside em Charqueadas, na Região Carbonífera, aproveitou o dia para passear.
De acordo com Nara, o destino principal era um café colonial situado em Rio Pardinho. “Esta é a segunda vez que estamos aqui e percebemos que as pessoas, assim como nós, estão se cuidando. Acho que aos poucos a vida normal tem que retornar, mas claro, com precaução”, afirmou.
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Quem optou por sair para se exercitar também manteve a distância de outros frequentadores. Foi o caso do enfermeiro Carlos Machado, 43 anos, que aproveitou a tarde para jogar bola com as filhas Clara, de 11, e Helena, de 9, na Praça Siegfried Heuser. Mesmo longe da circulação das pessoas, os três estavam com máscara de proteção.
“Estamos aproveitando o dia bonito para sair um pouco do celular, do videogame e da TV. Tomar um pouco de sol faz bem, embora com a máscara seja mais difícil por causa do calor. Mas é necessária para que a gente possa circular com mais proteção”, disse. Na mesma praça, ao contrário da academia ao ar livre, que estava deserta, a pista de skate tinha um número significativo de jovens.
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