Após permanecer por uma semana na bandeira laranja, classificação de risco considerado médio no modelo de distanciamento controlado, a apreensão volta ao Vale do Rio Pardo (Região 28). Com cinco óbitos registrados nos últimos sete dias em decorrência da Covid-19, aumento de 23% no número de novos casos e alta demanda por leitos de UTI, a projeção das autoridades de saúde é que a região receba novamente a bandeira vermelha na atualização desta sexta-feira, 7.

Ao longo da semana, o Vale do Rio Pardo viu sua situação se agravar frente à pandemia. Na última segunda-feira, o Hospital São Sebastião Mártir, de Venâncio Aires, um dos três únicos da R28 que possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI), esteve com o setor de pronto-atendimento e emergência lotado, bem como todos os 18 leitos de UTI ocupados.

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Atualmente a situação é bem mais tranquila, com taxa de ocupação por volta de 55%. No entanto, a Capital do Chimarrão registrou o 10º óbito por coronavírus. Trata-se de uma mulher de 89 anos que estava internada desde o dia 29 de julho. Na quarta-feira, Venâncio também havia confirmado uma morte pela doença.

Outro município com situação complicada é Rio Pardo, que confirmou 30 novos casos nesta semana e ainda um óbito – um paciente de 99 anos, com diversas comorbidades e internado no Hospital Regional há cerca de um mês.

Ele faleceu na tarde dessa quinta-feira, 6, aumentando a soma para 11 mortes por Covid-19. Apesar disso, os indicadores têm apresentado melhora, com o número de casos ativos caindo e o de recuperados aumentando. A Prefeitura, contudo, pede que a população não relaxe nos cuidados e continue atenta, a fim de evitar novos contágios.

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Em Santa Cruz do Sul, o cenário não é menos preocupante. O município registrou 66 casos desde o último dia 30 e já soma 466 confirmados. Desses, 140 são considerados ativos e estão em isolamento domiciliar, enquanto outros quatro se encontram internados no Hospital Ana Nery.

Também foram confirmados dois óbitos, um em 31 de julho e outro na última terça-feira, totalizando quatro desde o início da pandemia. Com base nesses indicadores e na situação geral, a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) acredita que a região será classificada com a bandeira vermelha.

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Leite define mudanças no modelo de distanciamento

Sofrendo constantes alterações desde que foi lançado, no dia 10 de maio, o modelo de distanciamento social controlado do governo do Estado teve nessa quinta mais uma mudança, anunciada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) em pronunciamento nas plataformas digitais. O Rio Grande do Sul, dividido em 20 regiões Covid, teve mais uma adicionada pelo novo decreto estadual, que já está em vigor.

A solicitação dos prefeitos das regiões Carbonífera e Costa Doce já estava em análise pelo Gabinete de Crise há algum tempo e foi atendida nessa quinta, com base na abertura de 40 novos leitos de UTI nos municípios de Guaíba, Camaquã, Charqueadas e São Jerônimo. “Essa região dependia totalmente da rede hospitalar da Região Metropolitana, principalmente de Canoas e Porto Alegre, e agora tem uma capacidade de 40 leitos”, ressaltou Leite, ao justificar a decisão.

Nos próximos dias, mais mudanças podem ser anunciadas pelo Palácio Piratini. Deve ser confirmada a gestão compartilhada do modelo entre o Estado e as associações de municípios, encaminhada nesta semana após reunião com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

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