A escassez de chuva nas últimas semanas e a previsão de mais alguns dias sem volumes significativos preocupam produtores e técnicos ligados à agricultura, principalmente do setor de grãos, como a soja.
Municípios de regiões como o Vale do Rio Pardo, o Centro-Serra e o Alto da Serra, englobando Rio Pardo, Pantano Grande, General Câmara, Encruzilhada do Sul, Soledade e Candelária, têm sentido os efeitos nas lavouras. Já é possível verificar manchas como sinais de estresse hídrico nas plantas, principalmente relacionadas a solos com limitações físicas, como compactação e menor aprofundamento do sistema radicular.
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Em Rio Pardo, segundo o chefe do escritório local da Emater, Matias Streck, os prejuízos tendem a ser significativos caso não chova ainda nesta semana. “Nossa última chuva foi em 2 de janeiro, então estamos há 12 dias sem precipitações. Se não ocorrer nesta semana, os impactos serão mais visíveis.”
Conforme o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, Josemar Parise, caso a chuva não retorne nos próximos dias, os efeitos serão sentidos tanto em lavouras em desenvolvimento vegetativo quanto naquelas em florescimento, onde há necessidade maior de água, o que terá impactos na produção final.
“No geral, toda a produção será impactada. Por enquanto ainda não se registram perdas muito grandes, ainda mais se a chuva retornar nos próximos dias. É na fase de florescimento e enchimento de grãos que é importante que se tenha ao menos um volume de 30 milímetros de chuva por semana”, afirma.
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Parise explica que a situação só não é mais grave porque a semeadura ocorreu no período preferencial, em meados de novembro e início de dezembro, e em meio a chuvas regulares que proporcionaram um desenvolvimento favorável, com um estado fitossanitário bom, de baixa presença de doenças.
“A incidência de doenças fúngicas, como é o caso da ferrugem asiática, que se manifesta por meio de esporos [sementes dos fungos], tem sido baixa nas regiões Alto Serra, Centro-Serra e Vale do Rio Pardo, pois o clima está desfavorável para a proliferação da doença. Diferentemente da última safra, em se teve grande perda por conta da dificuldade de controle dela”, observa.
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