Olá, pessoal! Tudo bem? Iniciamos mais uma semana com clima muito seco, e com altas temperaturas. Já vamos agora para 12 dias sem chuva, a última foi no primeiro dia do ano; desde então, nada mais. E essa será também a nossa última semana de colheita da safra de tabaco, que segue para a reta final. Podemos dizer que aqui em casa a temporada foi muito boa, apesar de ela ter começado com as fortes chuvas e a enchente de abril e de maio, o que atrasou muito o plantio. Mas agora concluímos com bom rendimento em termos de volume, e também com boa qualidade das folhas.
Prazo curto para adubação de cobertura
No tabaco chegamos ao fim da colheita da safra sem maiores contratempos, mas o que preocupa é esse excesso de calor e a falta de chuva para a continuação do ciclo na agricultura. Como a safra neste ano se atrasou, isso se reflete no preparo da adubação de cobertura para a entressafra, que começa um pouco fora da época certa. E sem umidade no solo não adianta fazer a semeadura, pois seria praticamente como desperdiçar a semente, que é cara.
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Para o plantio da crotalária estamos no limite, pois ela precisa de 90 a cem dias para completar o seu desenvolvimento e render boa palhada. Ou seja, é fundamental que chova o quanto antes. Torcemos para que a previsão esteja certa e no próximo final de semana se tenha alguma precipitação. O mesmo vale para milheto e capim sudam, que até ainda teriam um pouco mais de flexibilidade, mas não muito, e para o milho.
O Burley sofre após um mês sem chuva
Se para nós aqui na região de Santa Cruz a colheita do tabaco vai para a semana final e a bom termo, em outras áreas a falta de chuva tem causado muitos estragos. A foto ao lado é de uma lavoura de Burley e nos foi enviada pelo produtor Rudinei Pizzani, do município de Toropi, depois de Santa Maria. Ele comenta que por lá não chove há mais de 30 dias e a falta de chuva comprometeu demais o desenvolvimento do tabaco. A ponto de, nessa lavoura, ele calcular que a perda já é de 50%. Como as folhas simplesmente estão secando ao sol, ele não vê alternativa além de cortar esses pés (o Burley é cortado inteiro e a planta pendurada em galpão para secar ao ar, à sombra) para não ter prejuízos ainda maiores. São as oscilações a que a agricultura se vê submetida, de região para região.
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