O clima quente faz com que mais insetos e artrópodes circulem entre os humanos. Em entrevista à Rádio Gazeta nesta quarta-feira, 8, o biólogo e professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Andreas Koehler, afirmou a normalidade e quais as consequências para a população.

Os animais gostam do calor e se movimentam mais nesse período. Da mesma forma, Andreas explica que os humanos ficam mais ativos. “Vamos para o interior ou áreas de mata, para ter sombras mais refrescantes”, diz o especialista. Seja nas florestas ou dentro das casas, os dois mundos têm mais contato.

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Para evitar a presença nas dependências domésticas, Andreas acredita na utilização de recursos que vedem a entrada dos seres, como telas protetoras ou veda portas. “O maior cuidado é com a limpeza, o que já facilita para se prevenir”, diz.

Preocupação com a natureza

Andreas ressalta que a maioria dos animais não são nocivos à saúde. “Esses caramujinhos em vasos, na terra úmida, ou até essas centopeias, que aparecem nessa época do ano, assustam pela quantidade, às vezes pelo número de patas, mas são inofensivos”, explica.

Por isso, ele defende a importância de não matar estes animais e sim tentar, de alguma forma, levá-los de volta à natureza. Andreas ainda defende que a presença dos animais é natural e eles não têm intuito de atacar os humanos. Entretanto, o uso de veneno pode deixar os animais estressados, por isso, podem atacar como uma forma de defesa.

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Além disso, a escassez deles pode prejudicar a vida do ser humano, pois muitos são polinizadores de frutas. Com as mudanças climáticas, biólogos já registram a redução de abelhas e, consequentemente, da produtividade de grãos e também de mel.

Cuidados com animais venenosos

Apesar da maioria dos animais não apresentarem risco, Andreas ressalta que há aquela parcela que pode ser venenosa ou peçonhenta. “Se uma serpente morder um animal doméstico ou um humano, o caminho é ir ao médico, posto de saúde”, alerta.

Para outros animais como abelhas, insetos ou escorpiões, ele esclarece que depende da situação: “para a maioria das pessoas não será grave, no máximo, uma alergia ou dor. Mas, aqueles que possuem alergias, precisam ser mais cuidadosos, pois pode ser danoso à saúde”, conclui.

Ouça a entrevista completa:

*Colaborou o jornalista John Kaercher Machado

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