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Carol Santiago e Gabriel Araújo são os melhores do ano no Prêmio Paralímpicos 2024

Gabrielzinho e Maria Carol Santiago recebem os prêmios de melhores atletas de 2024 | Foto: Alessandra Cabral/CPB

A pernambucana Carol Santiago e o mineiro Gabriel Araújo, o “Gabrielzinho”, ambos nadadores, foram eleitos os melhores atletas paralímpicos de 2024, ano no qual o Brasil realizou sua melhor campanha da história nos Jogos Paralímpicos de Paris. O anúncio foi feito durante a 13ª edição do Prêmio Paralímpicos, apresentada por Loterias Caixa e realizada no Tokio Marine Hall, na noite desta quinta-feira, 12, em São Paulo.

O evento, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), teve transmissão do SporTV2, com a apresentação dos jornalistas Vinícius Rodrigues e Joanna de Assis. A cerimônia ainda recebeu a Orquestra Sinfônica de Heliópolis, a cantora Mariana Aydar e a bailarina Vitória Bueno.

A solenidade contou com a presença de autoridades como Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB); José Antônio Freire, presidente eleito do CPB para o ciclo 2025/2028; Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo; André Fufuca, ministro do Esporte; Marcos da Costa, secretário estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo; Silvia Grecco, secretária Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo; presidentes de confederações, entre outras.

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“Esta noite é a celebração de muitas coisas que conquistamos juntos. Celebramos, entre tantas coisas, a mudança da lógica do Movimento Paralímpico brasileiro. Fomos, por meio de eventos e competições, até as pessoas com deficiência em cada canto do país. Trouxemos a inclusão para o centro do nosso propósito. Um exemplo disso é o Festival Paralímpico, que começou em 2018 com 7 mil crianças e 48 núcleos. Neste ano, atendemos mais de 44 mil jovens em 120 cidades. E, no alto rendimento, fizemos a melhor campanha brasileira na história dos Jogos Paralímpicos, com 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Isso mostra que estamos em pé de igualdade com as grades potências mundiais e deixamos uma base sólida para disputarmos a liderança dos Jogos com a China daqui a alguns ciclos. Inclusive, no Mundial de atletismo de Paris 2023, já conquistamos mais medalhas no geral do que eles. Perdemos por duas de ouro . Por fim, quero agradecer a todo o time do CPB por estes sete anos em que estive na presidência do Comitê”, disse Mizael Conrado, bicampeão no futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do CPB até o próximo dia 31 de dezembro.

Após a fala de Mizael, o ministro do Esporte, André Fufuca, fez o uso da sua palavra para afirmar que a Lei de Incentivo ao Esporte será mantida, pelo menos, até 2027. Também aproveitou para enaltecer o desempenho dos brasileiros nos Jogos de Paris.

“Primeiramente, gostaria de desmentir um boato que preocupou toda a comunidade do esporte olímpico e paralímpico do nosso país. Queria dizer que a Lei de Incentivo ao Esporte, um mecanismo tão usado para ajudar o nosso desenvolvimento esportivo, não vai acabar. Vai ser mantido, primeiramente, até dezembro de 2027. E em janeiro de 2028, vocês contem comigo para a Lei vigorar por mais dez anos no Brasil”, ponderou o ministro.

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“Estou diante de heróis que representaram muito bem as cores do Brasil nos últimos Jogos Paralímpicos. Gostaria de desejar sorte ao José Antônio Freire, que vai ocupar o cargo do maior presidente da história do CPB, Mizael Conrado. Parabéns, Mizael, por todo o trabalho realizado à frente do CPB. Assim como você contou comigo e o presidente Lula, quero dizer que o José também poderá contar até o fim do nosso mandato. Aproveito para dizer que devemos ter um reajuste no Bolsa Atleta até 2026, período em que estarei no Ministério “, continuou.

Outra autoridade a elogiar os atletas paralímpicos brasileiros e a gestão de Mizael Conrado foi o governador Tarcísio de Freitas, ganhador do Prêmio Aldo Miccolis no Prêmio Paralímpicos 2024. “O Mizael me disse que o Brasil conquistaria essas medalhas e que ficaríamos entre os cinco melhores países nos Jogos Paralímpicos. E tudo isso se concretizou. Sabem por que? Porque o CPB tem competência e profissionalismo. É bonito ver a gestão que é feita no Comitê”, avaliou Tarcísio, que anunciou a assinatura da concessão para a construção de um velódromo na área do Centro de Treinamento Paralímpico. Neste ano, o governador já havia assinado um acordo para o CPB gerir o CT Paralímpico por mais 35 anos, além de ter autorizado a mudança do nome da estação de Metrô Jabaquara para Jabaquara – Comitê Paralímpico Brasileiro.

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Melhores do ano

Carol Santiago, 39, atleta da classe S12 (baixa visão), tornou-se a maior campeã paralímpica da história do Brasil durante os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, ocasião em que conquistou três medalhas de ouro (nos 50m livre, 100m livre e 100m costas) e duas de prata (100m peito e revezamento 4x100m livre 49 pontos). Com o resultado, a nadadora chegou a um total de 10 pódios paralímpicos, com seis medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze.

“Foi um ano maravilhoso. Saio muito satisfeita. Foi uma preparação de três anos para os Jogos que me permitiram estar muito pronta para viver esses grandes resultados. Os atletas paralímpicos brasileiros fizeram história e fico muito honrada de fazer parte disso.”, disse a atleta, que nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.

Esta foi a terceira vez em que a pernambucana foi homenageada como a melhor atleta feminina do ano. Ela também recebeu a honraria em 2021 e 2022. Carol ainda recebeu na noite desta quinta-feira o prêmio de destaque da natação em 2024. Com isso, ela e a mesatenista Bruna Alexandre são as mulheres que mais receberam troféus no Prêmio Paralímpicos, com oito para cada uma.

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Gabriel Araújo, 22, da classe S2 (comprometimento físico-motor), voltou dos Jogos Paralímpicos de Paris com três medalhas de ouro (100m costas, 200m livre e 50m costas). O atleta, que também foi premiado como atleta masculino do ano em 2023 e revelação em 2021, tem focomelia, doença congênita que impede a formação de braços e pernas.

“Ter um reconhecimento destes para um atleta é maravilhoso. O ano de 2024 foi sensacional. Desde o primeiro dia do ano, sabia que seria diferente, mas não esperava algo que ficasse marcado desta forma. Claro que trabalhei muito pelos resultados e sabia o que eu era capaz de conquistar. Mas tudo o que aconteceu e a forma como aconteceu, em especial em Paris, transformou a minha vida e me levou a lugares que eu não imaginava. Agora é descansar com a família e voltar no ano que vem com força máxima, afirmou Gabrielzinho.

Além dos troféus entregues aos destaques masculino e feminino do ano, o CPB premiou 24 atletas que se destacaram em suas respectivas modalidades em 2024 e outras nove homenagens.

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Único prêmio decidido por meio de votação popular, o “Atleta da Galera” foi entregue à paulista Giovanna Boscolo, medalhista de bronze no lançamento de club da classe F32 (lesões encefálicas) nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A atleta tem Ataxia de Friedreich, doença neurodegenerativa rara que afeta, principalmente, o equilíbrio e a coordenação. Desde criança, pratica esportes por incentivo dos pais. Chegou a trabalhar com publicidade e artes cênicas, quando teve atuação na telenovela Chiquititas, e optou por cursar biomedicina. Em 2021, conheceu o Centro de Treinamento Paralímpico e iniciou estágio na área da Ciência do Esporte, período em que decidiu voltar para o esporte. Começou no atletismo em outubro de 2023.

“Muito gratificante estar aqui. No ano passado, eu era funcionária do departamento de Ciência do Esporte do CPB. Mas pensava que, em 2024, eu poderia ser eleita a Atleta da Galera, mesmo sabendo que precisaria fazer muitas coisas para chegar ao troféu. Muito obrigado a todos que votaram em mim. E parabéns a todos do CPB pela campanha em Paris. Fico muito feliz de ter feito parte disso”, comentou a atleta.

Outros premiados da noite foram Fábio Vasconcelos, ganhador do prêmio Melhor Treinador de Modalidades Coletivas, após estar à frente da Seleção Brasileira de futebol de cegos na campanha do bronze em Paris; e Amaury Veríssimo, ganhador do troféu Melhor Treinador de Modalidades Individuais, ano no qual atletas treinados por ele conquistaram sete pódios em Paris, sendo dois ouros, duas pratas e três bronzes.

Confira todos os premiados

Prêmio Aldo Miccolis (categoria destinada a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento do esporte paralímpico)
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, por reconhecida dedicação à causa da pessoa com deficiência. Durante sua gestão, foi assinada a prorrogação do acordo de cooperação de gestão do Comitê Paralímpico Brasileiro para administrar o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB) por mais 35 anos. Também foi promovido o decreto que alterou o nome da estação Jabaquara, da Linha 1-Azul do Metrô, para Jabaquara – Comitê Paralímpico Brasileiro.

Personalidade Paralímpica (pessoa ou entidade que contribuiu significativamente com o Movimento Paralímpico na temporada 2024)
Loterias Caixa, que desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e fortalecimento do esporte paralímpico no Brasil, sendo um dos principais pilares de apoio ao esporte adaptado.

Asics, empresa global do setor de roupas e equipamentos esportivos que firmou uma parceria estratégica com o CPB, um marco importante no apoio aos atletas paralímpicos brasileiros.

Prêmio Loterias Caixa (homenagem a um clube que se destacou na temporada 2024)  
Associação Petrolinense de Atletismo (APA), atual tricampeão brasileiro de atletismo paralímpico adulto após o título da competição em dezembro de 2024. A APA Petrolina também conquistou os torneios sub-20 da temporada passada e deste ano, competições em que foram reunidos mais de 40 clubes de todo o país.

Prêmio Braskem (Homenageia pessoa que motiva a transformação positiva, dentro e fora das competições)
Jerusa Geber, medalhista de ouro dos 100m e dos 200m para a classe T11 (deficiência visual) nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

Memória Paralímpica (personalidade que marca a história do Movimento Paralímpico)
Joana Maria Jaciara da Silva Neves, nadadora que tinha nanismo. Começou a praticar natação aos 10 anos por recomendação médica e, aos 13, passou a competir. Já aos 14, participou da primeira competição internacional. Sua última competição internacional foi o Mundial de natação da Ilha da Madeira, em Portugal, disputado em junho de 2022. Faleceu em março de 2024.

Melhor Técnico Modalidade Individual
Amaury Veríssimo, um dos destaques no ano ao ser o treinador de seis atletas medalhistas nos Jogos Paralímpicos de Paris. No total, foram sete pódios, sendo dois ouros, duas pratas e três bronzes.

Melhor Técnico Modalidade Coletiva
Fábio Vasconcelos, que, em 2024, esteve à frente da Seleção Brasileira de futebol de cegos medalhista de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris.

Atleta Revelação (atleta que se destacou em 2024 e incentiva outros que estão no início da carreira)
Rebeca de Souza Silva, judoca campeã paralímpica de Paris 2024

Atleta da Galera
Giovanna Boscolo, medalha de bronze no lançamento de club F32 nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024

Melhor atleta masculino
Gabriel Araújo, nadador mineiro que trouxe três medalhas de ouro dos Jogos Paralímpicos de Paris

Melhor atleta feminina
Carol Santiago, maior campeã paralímpica da história do Brasil

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