O badalar de um sino começa no sítio Herança Nativa, localizado em Lima Brandão, interior de Rio Pardo, chamando a atenção do grupo formado por cem estudantes. Ele marcava ali a etapa final da 1ª Gincana de Alemão, realizada no sábado, 7.
O evento mobilizou estudantes e professores da Escola de Língua Alemã Auf gut Deutsch, Colégio Mauá e Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e das instituições municipais Christiano Smidt, Cardeal Leme, Guido Herberts, Felix Hoppe, Rio Branco e Dona Leopoldina.
Divididos em sete equipes (Mandler, Pohl, Wutke, Mummert, Arnold, Thietze e Raffler), eles precisaram executar diferentes tarefas que desafiaram o conhecimento no idioma. Com o Natal se aproximando, tiveram isso como tema principal e precisaram realizar quebra-cabeças, decorar canções e elaborar decorações.
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O tempo colaborou, permitindo que a gincana aproveitasse as paisagens da propriedade rural. As atividades eram feitas no gramado, para os jovens desfrutarem da natureza e brincarem.
Aluno da escola Dona Leopoldina, Alysson Bohn da Silva, de 14 anos, foi um dos participantes. Começou a estudar alemão no início do ano passado e veio testar suas habilidades na gincana. Além de conhecer mais sobre a cultura germânica, ficou feliz por visitar o interior. “Gosto de ver os animais e sentir o cheiro da colônia”, afirmou.
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Sofia Rauber, de 11 anos, foi uma das integrantes da escola Guido Herberts. Escolheu fazer o idioma como um desafio contra o sedentarismo, que incluiu outras atividades. Por desejar cursar Direito e viajar, considera importante conhecer novos idiomas. “E aqui podemos aprender mais”, disse.
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Após o sino ser tocado pela última vez, a equipe Wutke foi anunciada como a vencedora da primeira edição do evento. O estudante de alemão Thomas Thorun, de 36 anos, responsável por coordenar o grupo, destacou que os integrantes se dedicaram para cumprir cada tarefa. “O mais importante foi poder estar aqui vivendo a cultura alemã. Foi uma abordagem diferente e bem interessante.”
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A diretora da Auf gut Deutsch, Jaqueline Bender, ressaltou que a gincana foi uma forma de estimular as novas gerações a estudarem o idioma. Para ela, encerrá-la em um sítio foge do aprendizado tradicional e desperta o interesse. “Acredito que quem esteve na gincana nunca vai esquecer”, afirmou.
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A gincana
A 1ª Gincana da Língua Alemã da Escola de Língua Alemã Auf gut Deutsch envolveu crianças e adolescentes que estudam o idioma em Santa Cruz do Sul em 21 tarefas, que iniciaram em outubro e ocorreram nos meses seguintes. Em uma delas, visitaram pontos turísticos selecionados para mostrar o legado dos imigrantes, como o Parque da Cruz, o Lago Prefeito Telmo Kirst, o Monumento do Imigrante e o Museu do Colégio Mauá.
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As atividades contaram com a presença do coordenador da Comissão Organizadora dos 175 anos de Imigração Alemã em Santa Cruz, Paulo Trinks. Na sua avaliação, a iniciativa fez com que as crianças conhecessem e valorizassem o legado dos pioneiros no município. “Fica essa importante apresentação de um legado dos nossos antepassados para as crianças e para o futuro”, destacou.
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Desafios testaram os sentidos e também as habilidades culinárias
Os integrantes tinham 30 minutos para cumprir as tarefas. Após concluir uma, seguiam para a próxima estação, onde um coordenador explicava o desafio.
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Uma delas foi a fünk sinne (cinco sentidos), orientada pela diretora da Escola Cardeal Leme. De olhos vendados, as equipes precisaram degustar, tocar e cheirar diferentes objetos que remetem à cultura alemã, incluindo guloseimas tradicionais, como as balas Haribo e o lebkuchen, uma bolacha tradicional.
Provaram ainda café e aprenderam que o filtro para produzir a bebida foi feito por uma mulher alemã. “A ideia era fazer eles perceberem o quanto a Alemanha ainda está presente na nossa região e na nossa vida”, afirmou Juliana.
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Uma confeitaria improvisada foi colocada em um quiosque para a estação Backen (assar), coordenada pela professora de alemão Cintia Betina Pagel Dias. Lá, colocaram a mão na massa para produzir e experimentar a bolacha amanteigada, tradicional na época de Natal. Ao longo de todo esse processo, aprenderam novas palavras e interagiram no idioma.
No clima natalino, foram ensinados a transformar pinhas secas em pinheirinhos de Natal. A proposta da professora da Auf gut Deutsch, Cleonice Maria Mahl Melchiors, buscou apresentar essa tradição da Alemanha e aproveitar os recursos da natureza para fazer a decoração. “Queria demonstrar para as crianças que precisamos de coisas simples, que não precisam ser caras, para decorar a casa. A gente pode aproveitar as coisas da própria natureza”, destacou Cleonice.
O cuidado e o respeito com o meio ambiente também foram temas da estação Pflanzen (plantar). Coordenada por Jaqueline Bender, cada equipe tinha 30 minutos para plantar um ipê-roxo no sítio. “Essas sete árvores são uma forma de agradecimento aos proprietárias e para que não esqueçam do trabalho que fizemos”, afirmou.
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