Agroindústrias do Vale do Rio Pardo que trabalham com conservas de pepino não estão conseguindo envasar a produção. Isso porque uma carga de vidros vinda da Argentina ficou presa na alfândega, em Uruguaiana, e está aguardando autorização da fiscalização brasileira para poder ingressar no País. Em função disso, um grupo de produtores da hortaliça de Rio Pardo e cuja colheita chega a cinco toneladas por semana está enfrentando dificuldade na comercialização.
De acordo com o extensionista rural João Gomes, do escritório da Emater/RS-Ascar de Rio Pardo, são 22 agricultores que produzem pepinos para abastecer agroindústrias de Rio Pardo, Vale do Sol, Vera Cruz e Mato Leitão. A situação é inédita e decorre da operação padrão da alfândega, além de uma normativa que não permite mais o uso de vidros reciclados por parte das agroindústrias. “Para reutilizar é preciso lavar em uma empresa credenciada, o que acaba tornando a operação inviável”, observa.
LEIA TAMBÉM: Evento na Praça Getúlio Vargas discute a prematuridade de bebês
Publicidade
Ainda segundo Gomes, não há outra fornecedora de vidros que possa atender a região e esse é o motivo do impasse. Uma situação semelhante já havia ocorrido anteriormente com as sementes, que ficaram retidas na fiscalização alfandegária do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, até serem liberadas.
A respeito da doação de vidros por parte da comunidade, o profissional explica que é possível, mas inviável devido à exigência de que sejam higienizados em uma empresa credenciada. “O custo de transportar a carga até a lavadora, o valor do serviço deles e depois trazer de volta inviabiliza essa possibilidade”, afirma. Durante as enchentes, outra normativa autorizou que as próprias agroindústrias fizessem a esterilização das embalagens. O prazo, contudo, venceu e isso não é mais permitido.
LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ
Publicidade