Buscando discutir o papel da cannabis medicinal e do cânhamo industrial em diversos setores do Rio Grande do Sul, a Associação de Pesquisa, Informação, Desenvolvimento e Cultivo Canábico (EcoCannabis) promove pela segunda vez o Simpósio Gaúcho de Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial. O evento começou nessa quinta-feira, 28, no Memorial da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e termina nesta sexta-feira, 29.
O primeiro dia de programação contemplou o trabalho realizado pela associação e palestras com médicos, dentistas e neuropediatras, que levaram informações sobre o tema do simpósio. De acordo com a advogada da associação, Cíntia Lopes, a EcoCannabis é uma entidade que tem como finalidade disseminar conhecimentos sobre a cannabis medicinal. “Vemos vários casos de melhora de diversas doenças e precisamos difundir isso”, afirmou à Rádio Gazeta 107,9 FM.
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A também advogada da entidade, Michele Martin, enfatizou o trabalho da associação em buscar a democratização do acesso da cannabis medicinal. De dezembro do ano passado para cá, quando foi realizada o primeiro simpósio, a presidente da entidade, Michelle Brescia, acredita que tenha ocorrido um salto dentro da temática.
Segundo ela, na edição passada o assunto ainda era um tabu, pois não havia discussões abertas e posições concretas sobre a regulamentação. Em novembro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o cultivo de cannabis para fins medicinais, farmacêuticos e industriais. A partir da decisão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o prazo de seis meses para regulamentar a questão.
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Assunto é relevante para a saúde
A enfermeira Thaysi Carnet, de 31 anos, participou do evento pela primeira vez. Ela ressaltou a relevância do tema, especialmente por atuar na área da saúde. “Como eu resido em Santa Cruz, penso que é uma oportunidade rica de aprofundar meus conhecimentos sobre o tema”, afirmou. Para fins medicinais, Thaysi avalia que a regulação é um avanço científico significativo, especialmente porque contempla doenças de progressão e desenvolvimento grave.
Ainda que o assunto não compreenda uma área específica de sua atuação, ela acredita que é necessário garantir conhecimentos devido às atualizações recentes sobre a questão. A enfermeira incentiva a participação dos profissionais da saúde, para que desenvolvam olhar mais abrangente sobre o assunto, considerado relevante no âmbito da saúde.
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Evento encerra nesta sexta-feira
Nesta sexta, os participantes do simpósio poderão acompanhar discussões sobre o cânhamo industrial, suas aplicações sustentáveis e o impacto para setores como moda, construção, alimentação e políticas públicas voltadas à revitalização econômica. Os debates vão se iniciar às 8h30 e irão até as 16h30, focando a versatilidade do cânhamo para impulsionar a sustentabilidade e regeneração ambiental.
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*Colaborou o repórter Jaime Fredrich
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