O Colégio Marista São Luís realiza mais uma edição do Arte por toda Parte. Neste ano, a temática é a (in)Visibilidade da Arte Negra, cuja proposta é oferecer aos estudantes experiências que retratam a representatividade e o protagonismo negro na cultura brasileira. Além do tradicional encontro de baterias, há atividades complementares de dança e vocal. Na noite de sexta-feira, o educandário abriu suas portas e os alunos puderam se apresentar aos pais, familiares e toda a comunidade escolar.
As crianças e adolescentes puderam ainda participar de mais de uma dezena de oficinas com diferentes abordagens, entre elas a afrocolagem, amarelinha africana, capoeira, hip-hop e presença feminina na literatura e na arte negra, entre outros. Conforme a coordenadora pedagógica do São Luís, Anete Schmidt, o Arte por toda Parte pretende, em todas as edições, levar ao conhecimento dos alunos as diferentes expressões artísticas e permitir que eles tenham experiências por meio das oficinas.
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Ainda de acordo com Anete, o tema deste ano foi ao encontro do Dia da Consciência Negra, que se tornou feriado nacional, bem como à proposta de educação antirracista conduzida pela instituição. “Nós, enquanto escola, temos o papel de propor e fazer com que os nossos estudantes participem dessas discussões”, afirma o vice-diretor Anderson dos Santos. Ressalta ainda a grande quantidade de artistas negros que fizeram parte da história do Brasil e nunca receberam a devida visibilidade pelo trabalho que realizaram.
“O racismo faz parte da constituição da nossa sociedade, então se não pararmos para debater, estaremos perdendo uma grande oportunidade de avançar”, avalia Santos. Segundo ele, isso acontece diariamente nas salas de aula por meio da educação antirracista. “Fazemos isso por meio de referências e narrativas, mas parar agora e propor uma reflexão mais profunda ajuda demais nesse processo.”
A estudante cubana Thalia Cardosa Villafanez, de 13 anos, mora em Santa Cruz e estuda no Colégio Marista São Luís há um ano. Para ela, poder conhecer novas culturas e expressões artísticas é uma experiência ímpar. “Acho muito importante falarmos sobre isso e sobre o quanto o racismo é prejudicial para as pessoas que sofrem”, diz. Para ela, discutir esse tema dentro da escola, com a presença dos amigos e agregando conhecimento, torna-se mais atrativo e fácil para os jovens.
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