Mídias físicas muito utilizadas para o armazenamento de arquivos, músicas e filmes nos anos 2000, os CDs e DVDs deram espaço a outras soluções com o passar do tempo e hoje praticamente não são mais usados. Muitas empresas e pessoas, no entanto, ainda têm esses materiais e não sabem o que fazer com eles. A Cooperativa dos Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) recebe, mas há limitações.
Conforme a coordenadora de Finanças da Coomcat, Marilane Poeckel, o Ponto de Entrega Voluntária (PEV) da instituição, localizado na Rua Venâncio Aires, recebe CDs e DVDs, mas não em grandes quantidades. “Nós estocamos para, quando tiver venda, conseguirmos mandar para a indústria final. Dizemos que é um material reciclável, mas que não tem reciclabilidade.”
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Segundo ela, o mercado de reciclagem de plásticos duros é difícil e o processo de reaproveitamento dessas mídias é caro e possui várias etapas, o que reduz muito a demanda. “O mercado é o que dita as regras do jogo. Noventa por cento dos plásticos são recicláveis, mas somente 10% têm reciclabilidade”, acrescenta Marilane. Esse é o motivo de a cooperativa não receber o material em grandes quantidades. “Nós estocamos até o mercado nos dizer se recebe ou não recebe, e isso vai oscilando durante o ano.”
Diante dessa dificuldade, uma alternativa para os CDs e DVDs é o reaproveitamento em artesanatos e criação de outros produtos. O descarte no lixo tradicional não é recomendado, porque esses objetos demoram cerca de 450 anos para se decompor na natureza. Já para serem reciclados, eles precisam ser desmagnetizados, pois são compostos por diversos componentes – como policarbonato, alumínio, prata e ouro – que precisam ser reciclados separadamente.
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