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NA JUSTIÇA

Esposa de réu diz que vítima insistia para ela deixar casamento

Foto: Alencar da Rosa

Emerson foi ouvido nessa segunda

As audiências de instrução de um dos casos policiais que mais geraram repercussão nos últimos tempos em Santa Cruz do Sul iniciaram nessa segunda-feira, 4. Presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, a sessão, que começou às 14h30 na 1ª Vara Criminal do fórum, tratou sobre o assassinato a tiros do instrutor de autoescola Rostem Luiz dos Santos Fagundes, de 52 anos, que aconteceu no dia 29 de agosto. Foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação, bem como o autor confesso do crime, Emerson Eduardo dos Santos da Silva, de 27 anos, que está detido no presídio.

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O irmão de Emerson, Gabriel dos Santos da Silva, prestou depoimento por vídeo e confirmou que foi ele quem contou sobre a traição de Graciele. Já a mãe do réu, Marla Andreia dos Santos, de 47 anos, e a irmã de Graciele, Luana da Silva, 25, salientaram que o acusado era trabalhador e o casal não tinha desavenças. Ambas disseram que sabiam do caso extraconjugal da mulher, mas decidiram não contar ao homem por não quererem se envolver na relação.

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Em um dos depoimentos mais aguardados na audiência, a companheira de Emerson, Graciele Linhares da Silva, confirmou que conheceu a vítima ao se tornar aluna da autoescola. “Ele pediu meu número. Trocamos mensagens. Em uma época que eu estava brigada com meu marido, acabei ficando com ele”, disse ela, que afirmou ter saído três vezes com Rostem, em um intervalo de 15 dias, há um ano. “Me arrependi, não gostei, não foi legal. Depois disso não quis mais.”

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Disse ainda que o instrutor insistiu para ela largar o casamento e ficar com ele. Após ter bloqueado Rostem, ele chegou a ligar para o trabalho dela, em uma churrascaria. Graciele confirmou que após a desavença com o cunhado, Emerson ficou desconfiado. Mesmo com ela mentindo que não tinha acontecido nada, decidiu pegar o celular da companheira e confirmou a traição. No dia dos fatos, a mulher disse que seu marido pegou um facão que tinha em casa e afirmou que iria “dar uns estouros” no Rostem, e que jamais imaginou que ele tinha arma de fogo.

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Perguntada sobre uma ocorrência de violência doméstica que havia sido registrada por ela contra Emerson há dois anos, a qual recebeu medida protetiva de urgência, Graciele disse que foi um caso pontual, e que depois retirou a queixa. Ao final da audiência, os advogados da família da vítima solicitaram à juíza Márcia que autorizasse a devolução do celular de Rostem para a esposa dele, agora que a investigação terminou. A pedido da defesa do réu, a magistrada determinou que seja enviado um ofício ao local de trabalho do instrutor para que sejam fornecidas imagens de câmeras de todas as aulas ministradas por ele para Emerson Eduardo dos Santos da Silva.

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