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POLÍTICA

Estados Unidos vão às urnas nesta terça-feira; entenda como é a eleição

O país que leva o título de maior democracia do mundo tem, nesta terça-feira, 5, o ápice desse processo. Donald Trump (Republicano) e Kamala Harris (Democratas) disputam os milhões de votos em uma eleição de mecanismo diferenciado, a começar pelo fato de que a população não é obrigada a votar.

A série de diferenças em relação às eleições brasileiras não para por aí. O vencedor não é quem recebe o maior número de votos, como ocorreu quando Trump venceu Hillary Clinton, mesmo tendo 3 milhões de votos a menos. Isso porque os cidadãos elegem os delegados de cada Estado e não os candidatos finais.

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Cada uma das 50 unidades tem uma série de representantes, de acordo com a população. A Califórnia detém o maior número, 54; Dakota do Norte, Delaware, Dakota do Sul, Vermont, Wyoming, Distrito de Columbia e Alasca são os que contam com menor: três em cada. Exceto Maine e Nebraska, os outros utilizam o sistema “the winner takes it all”, pelo qual quem vence no estado leva todos os delegados.

Cada estado tem um número de delegados que participam da eleição, definido de acordo com os habitantes e avaliado regularmente

Todo esse mecanismo foi criado com o objetivo de evitar o êxito de candidaturas populistas. Entendeu-se que estabelecer esse grupo de delegados seria uma forma de ter maior amadurecimento político na escolha do gestor.

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Outra peculiaridade é a opção do voto antecipado, para evitar filas e tumulto no dia das eleições. Por esse processo, o eleitor pode enviar seu voto pelos Correios, até mesmo do exterior, ou depositá-lo em locais predeterminados. Quase 50 milhões já votaram dessa forma. O número é alto, mas ainda bem abaixo do que foi apurado em 2020, na disputa entre Trump e Joe Biden.

O professor Roberto Goulart Menezes, da Universidade de Brasília, pesquisador do Instituto Nacional de Estudos sobre os EUA (Ineu), diz que o procedimento a distância tem sido usado pelo atual candidato republicano para disseminar desinformação e notícias falsas. “Trump tem dito que o voto pelos Correios de lá possibilita voto duplo de alguns eleitores, novamente lançando dúvidas improcedentes sobre o processo eleitoral, criando mais uma possibilidade de insurgência, caso perca as eleições.”

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Segundo Menezes, isso não procede porque, para enviar o voto por via postal, o eleitor tem de se registrar na internet. Para cada cédula há um código correspondente, o que inviabiliza ao eleitor votar mais de uma vez. “Até mesmo a situação de votos incendiados antes de serem contabilizados não gera problemas, porque, registrados, os eleitores que não tiveram seus votos chegando ao destino poderão fazê-lo posteriormente. Nenhum voto, portanto, é perdido”, esclareceu Menezes.

A autonomia dos estados para definir suas leis eleitorais costuma gerar imprevisibilidade com relação ao tempo em que o resultado do pleito é anunciado. Em 2000, devido a polêmicas na Flórida, demorou mais de um mês.

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Qual a interferência na vida dos brasileiros?

A eleição é nos Estados Unidos, para escolher o presidente deles. O que isso influencia na vida dos brasileiros, ao ponto de receber tanto destaque da mídia nacional? Rafael Kirst, diretor de Inovação e Empreendedorismo da Unisc e internacionalista, destaca que historicamente o país norte-americano é muito importante para as relações internacionais, sobretudo no pós-Segunda Guerra Mundial. “Eles se tornaram o nosso principal parceiro econômico”, ressalta.

Assim, pode se entender a política externa brasileira recente de acordo com o maior ou o menor alinhamento com os EUA. “Isso faz com que esse processo eleitoral seja muito relevante para que a gente entenda e pense o posicionamento brasileiro na arena internacional”, acrescenta.

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Mesmo tendo de ficar atento à eleição, observa Kirst, o Brasil perdeu relevância e até um certo protagonismo no cenário internacional nos últimos anos. Ele explica que alguns especialistas consideram o Brasil e a América Latina como uma região de pouca relevância no que se refere a relações internacionais. “Isso explica a falta de estratégia ou política direcionada ao nosso país vinda de ambos os candidatos”, comenta. Durante a campanha, pouco se falou de países latino-americanos.

Sobre o posicionamento em relação aos conflitos armados no Oriente Médio e Leste Europeu, diz que a política externa é tema de grande importância nos EUA, por serem a maior potência bélica do mundo. “Mas imagino que isso já tenha sido computado com relação a interferências de votos”, avalia.

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