Após entrar com uma interpelação judicial contra o ex-servidor da Câmara Cornélio Meyer, por declarações feitas à comissão que conduz o processo de André Scheibler (PSD), Bruno Faller (PDT) subiu à tribuna na noite dessa segunda-feira, 20, para cobrar explicações. Em depoimento na semana passada, Meyer afirmou que apenas cinco vereadores não praticam “rachadinha” (exigência de salário de assessores). Depois, ele alegou que foi “induzido” pelo advogado de Scheibler. Alegando “indignação”, Faller afirmou que Meyer tentou “jogar para a torcida”. “Se tem algum caso específico, que seja homem e vá na Promotoria protocolar uma denúncia”, disse.
Sobrou também para o vereador João Cassepp (PSDB), que afirmou à comissão ter ouvido “conversas de corredor” segundo as quais a maioria dos vereadores manteria esquemas de “rachadinha”. “Não posso desejar ao senhor hoje um feliz Dia do Amigo”, disse Faller a Cassepp. Depois, o vereador tucano fez um pronunciamento alegando que jamais denunciou colega algum e que apenas “respondeu perguntas”.
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Dois anos da Lei dos Vales
Funcionários da Prefeitura de Santa Cruz realizaram um ato durante a sessão da Câmara de Vereadores. O objetivo era marcar os dois anos da aprovação da Lei dos Vales, que extinguiu o pagamento de auxílio-alimentação durante férias e sempre que o servidor não comparece ao trabalho, mesmo quando a falta é justificada.
Como o acesso ao plenário está restrito pelo distanciamento social, os servidores promoveram um buzinaço em frente ao prédio da Câmara. Logo no início dos trabalhos, o presidente Elstor Desbessell (PL) leu na tribuna um manifesto dos servidores no qual descrevem a lei como “um duro golpe” na categoria. Na assinatura, os municipários se identificam como “grupinho” – termo utilizado pelo prefeito Telmo Kirst (PSD) durante os protestos que se seguiram à aprovação da lei, no segundo semestre de 2018.
Desbessell também autorizou que cartazes com frases de protesto contra os parlamentares que votaram a favor da Lei dos Vales fossem fixados nas galerias.
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