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Professora de Santa Cruz compartilha luta contra o câncer de mama em projeto do Governo do Estado

Durante o mês de conscientização do câncer de mama, conhecido como Outubro Rosa, a Secretaria da Educação (Seduc) preparou uma série de matérias especiais, conversando com mulheres da Rede Estadual que receberam o diagnóstico da doença e enfrentaram o tratamento. São relatos reais que demonstram a importância do autocuidado e do diagnóstico precoce. Ao compartilharem suas histórias, essas servidoras, com trajetórias distintas, servem de exemplo para que mais pessoas percebam o quanto é fundamental estar atento às alterações do próprio corpo.

Nascida em Cachoeira do Sul, a professora Tatiane de Arrial Tatsch, de 33 anos, se formou em Matemática pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) em 2011. Na Rede Estadual, começou a lecionar em 2013, com aulas nas disciplinas de Matemática e Física no município de Santa Cruz.

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Além dos estudos, das formações docentes e do convívio diário com os estudantes, ela dedica boa parte do seu dia a dia às atividades físicas, incluindo dança, musculação e exercícios funcionais, entre outros esportes. Com um olhar atento à alimentação equilibrada, recheada de frutas, legumes e verduras, Tatinha sempre manteve um estilo de vida saudável. Por isso, ficou surpresa ao receber o diagnóstico de câncer de mama, que parecia tão distante da sua realidade.

A descoberta aconteceu de maneira trivial, em um dia em que Tatiane saía da academia. “Estava seguindo minha rotina normalmente, quando fui tirar um fio de cabelo preso ao top e senti o nódulo bem pequeno próximo à axila direita”, conta. Esse simples toque serviu de alerta para investigar se havia algo incomum. Imediatamente, ela buscou orientação médica, passando por uma série de exames que confirmaram, em abril de 2024, a presença do câncer.

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A notícia veio com um grande impacto emocional, pois lidar com a doença e as incertezas do processo de cura trouxe mudanças profundas na vida de Tatiane. No início, um dos maiores desafios foi compartilhar o diagnóstico. Ela preferiu revelar a situação para a família apenas depois de concluir a etapa inicial do tratamento. “Precisei de acompanhamento psicológico e psiquiátrico para realizar essa adaptação. Eu sou uma pessoa independente, fiz todos os exames e quimioterapias sozinha. Foi bem difícil, mas tive o carinho e disponibilidade dos meus colegas de trabalho. Só contei para meus familiares quando já estava quase terminando as 16 sessões de quimio.”

Pela frente, Tatiane terá que realizar a cirurgia para retirar o nódulo, sessões de radioterapia e ainda um pós-tratamento que envolverá o uso de medicações específicas por cerca de dez anos. Nesse meio tempo, ela reforça que a equipe da Seduc se mostrou extremamente solícita, ajudando a simplificar o trâmite dos documentos necessários para o período de licença, além de disponibilizar informações sobre o afastamento. “Todos com muita sensibilidade e empatia”, destaca.

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Para ela, enquanto o tratamento se desenrola, diante das adversidades, permanece a lição de que é preciso aceitar o que não se pode controlar e agir com determinação para transformar o que está ao alcance. “Se você tem o diagnóstico, não adianta ficar se questionando. Precisa fazer o que tem que ser feito e buscar alternativas para se sentir melhor. É um processo difícil, mas vai passar. Às vezes reclamamos por coisas tão supérfluas e, ao descobrir um câncer, passamos a ser mais gratos pelas pequenas coisas que realmente importam”, reflete.

Tatiane também deixa um recado para todas as mulheres da comunidade escolar, reforçando que o autocuidado e a prevenção não dependem da idade e muito menos das condições físicas. “Nós, mulheres, temos por hábito fazer o preventivo anualmente, então aproveite seu acompanhamento médico e faça exames de rotina da mama também. Mesmo não tendo mais de 40 anos, exames de imagem são importantes, e a prevenção e diagnóstico precoce serão de suma importância caso você precise de algum tratamento”, aconselha

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