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SANTA CRUZ

Caminhada do Outubro Rosa orienta para o autocuidado

Foto: Alencar da Rosa

O Outubro Rosa esteve em evidência na Rua Marechal Floriano, no centro de Santa Cruz do Sul, durante a tarde dessa quarta-feira, 30, para reforçar a luta contra o câncer de mama e o câncer do colo do útero. A cor da campanha preencheu o Túnel Verde e chamou a atenção de comerciantes e pedestres, que aplaudiram a iniciativa.

Representantes da Coordenadoria da Mulher, da Liga Feminina de Combate ao Câncer e do projeto Empodera participaram da atividade. O grupo saiu da Praça Getúlio Vargas e seguiu até o Palacinho. Segundo a titular da Coordenadoria Municipal da Mulher, Fátima Gilvandra Rodrigues, a caminhada foi um chamamento à população quanto à necessidade do autocuidado. A cada ano, segundo ela, o número de casos aumenta, intensificando os trabalhos de assistência às mulheres diagnosticadas com as doenças.

Grupo saiu da Praça Getúlio Vargas e caminhou até o Palacinho, na Praça da Bandeira

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“A conscientização não pode ficar limitada ao Outubro Rosa. Precisamos fazer o cuidado todos os dias e entender que precisamos falar sobre isso o ano inteiro, e não só durante um mês”, reiterou. Fátima ainda destacou a necessidade de a população LGBTQIAP+ buscar atendimento. “Esse público acaba não procurando auxílio médico e não está fazendo seus exames”, afirmou.

A coordenadora do Projeto Empodera, Nadiane Nardi, ressaltou que as atividades se intensificaram neste ano. Para ela, demonstra o resultado das ações realizadas desde o nascimento da entidade, em 2018, e o fato de as pessoas se conscientizarem cada vez mais sobre a prevenção. “Fomos chamadas por muitas empresas e escolas para falar sobre a importância do autocuidado. E o conteúdo é disseminado para os amigos e familiares, fazendo com que o cenário se transforme aos poucos”, disse.

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E com o fim de outubro, as entidades iniciam em breve a programação do Novembro Azul. Espera-se levar uma lição de que o amor próprio, por meio do autocuidado, somado ao diagnóstico precoce, salva vidas.

ESF viveu dia de ações voltadas às mulheres

Com foco na campanha de prevenção ao câncer de mama, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) Cristal Harmonia, do Bairro Santa Vitória, que atende também os moradores do Loteamento Viver Bem, promoveu nessa quarta-feira uma ação para as mulheres que são usuárias da unidade de saúde. Durante o dia, até as 15 horas, foram oferecidos serviços como testes rápidos, palestras com profissionais da área de medicina, teste de acuidade visual, cursos de automaquiagem com equipe da Mary Kay e sorteio de brindes. Uma equipe do Hospital Ana Nery fez a coleta de pré-câncer.

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Elaine Quoos participou das atividades

A dona de casa Elaine Quoos, de 49 anos, aproveitou os serviços oferecidos. “Hoje fiz de tudo um pouco – o teste de visão, o pré-câncer e até a maquiagem, que me deixou mais bonita. Fazia muito tempo que eu não botava uma cor no rosto. E a palestra também foi muito boa”, comentou.

Para as coordenadoras do local, enfermeiras Aletheia Cavalheiro e Juliana Zancan Tonel, a ação foi positiva. “Fizemos várias ações voltadas para as mulheres. Além dos serviços, teve o relato de uma pessoa sobre a experiência dela com o câncer de mama. Felizmente tivemos uma grande adesão e ficamos muito felizes com a participação das nossas usuárias”, disse Aletheia.

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Recomeço depois do câncer de mama

Carmen Lúcia Vieira destaca o apoio familiar e das entidades para enfrentar o câncer

A safreira aposentada Carmen Lúcia Vieira, de 57 anos, foi uma das participantes da caminhada do Outubro Rosa. A santa-cruzense, moradora do Bairro Bonfim, foi diagnosticada com câncer de mama no final de 2016. Iniciou o tratamento no ano seguinte. Durante o processo, Carmen precisou remover a mama. “Foi um momento difícil, é doloroso para qualquer mulher”, afirmou. Desde então, ela continua na luta contra a doença.

Em 2018, juntou-se ao projeto Empodera. Para ela, o apoio foi fundamental e lhe permitiu ver a vida sob uma nova perspectiva. “Me sentia perdida, abalada, principalmente com a retirada da mama. Mas recebi muita ajuda e aprendi a entender que o diagnóstico não é o fim da vida, mas o recomeço.”

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