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PÚBLICO RECORDE

Público do Mato Grosso, presença da primeira rainha e quase 7 mil figurantes: primeiro desfile leva alegria para as ruas

Foto: Rodrigo Assmann

Um espetáculo de cores, cultura e tradição

O maior desfile da história da Oktoberfest. Essa é a avaliação da coordenação executiva para a apresentação realizada nesse domingo, 13, pela manhã. Com 6,8 mil figurantes em 12 carros alegóricos, a parada reuniu 40 mil pessoas na Marechal Floriano. O resultado foi a celebração da alegria, da música e da cultura dos imigrantes alemães.

Inspirado no tema da festa – Celebrando a Imigração Alemã, o desfile foi dividido em três eixos: esperança, fé, plantar e colher. Com isso, além de reverenciar a tradição germânica, fez uma homenagem aos colonizadores que vieram em busca de um futuro melhor. Sob a direção artística de Sérgio Ávila e coordenação de João Waldemar Goerck, o desfile foi aberto por bailarinos da Jef’s Studio de Dança que retrataram a chegada dos imigrantes alemães ao Brasil, em 1824. Em seguida, quatro carros alegóricos – A chegada, O colono, O convívio e O Bicentenário – contaram os 200 anos da imigração alemã no Brasil.

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O Centro Cultural 25 de Julho prestou homenagem aos gaúchos atingidos pelas enchentes de maio, carregando a faixa com a mensagem #ForçaRioGrandedoSul-Unidos somos mais fortes. Logo atrás seguia a coordenação executiva da festa – liderada pelo presidente Luciano Menezes e pela vice-presidente Daniela Laner, acompanhada da Banda Munich. A família símbolo – Fritz, Frida, Max e Milli – desfilou no carro de número dois, A Oktoberfest, que homenageou o evento a partir do azul e branco, cores que regem a edição deste ano fazendo uma referência aos mares.

A rainha Tatiane D’Avila e as princesas Nathalia Konzen e Karoline Klaus, estavam no carro três, que retratou a esperança de um novo começo para os imigrantes. Na sequência, vieram soberanas das edições anteriores. O carro quatro, denominado 175 anos da imigração alemã em Santa Cruz do Sul, contou o passado e o presente através de painéis que apresentaram pontos turísticos, atividades e eventos. A alegoria cinco, O progresso, representou a economia local.

Um símbolo de força e esperança, o cavalo Caramelo foi destaque da alegoria seis, Resiliência, que homenageou os gaúchos atingidos pelas enchentes e os voluntários. O carro sete mostrou a beleza das flores, a fartura da gastronomia e delícias culinárias e a união familiar. O último foi o Bierwagen, o carro do chope, lembrando onde tudo começou: na primeira Oktoberfest, de 1810, em Munique, na Alemanha.

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De Mato Grosso para a Oktober

Entre o público do desfile estavam duas moradoras de Cuiabá, no Mato Grosso. Lorilda e Janete Pires, de 73 e 51 anos, respectivamente, viajaram três dias de ônibus até chegar em Santa Cruz. Lorilda contou que essa é a segunda vez que vem ao município para visitar o neto Anderson Silvio Pires, de 33, filho de Janete, e que mora em Santa Cruz desde 2020. Gaúcha natural de Passo Fundo, Lorilda mora há 30 anos na capital mato-grossense. “Eu adoro essa cidade aqui. Gosto muito das pessoas daqui e só não venho morar de vez porque tenho mais familiares e netos lá em Cuiabá”, disse. Anderson é casado com a santa-cruzense Liegi Cristina Petry Pires e também levou para o desfile o seu filho caçula José Miguell, de dois anos e três meses. Na programação da família, ainda seriam incluídos passeios pelo Parque da Oktober e uma degustação de cuca com linguiça, pratos já apreciados pelas visitantes. “Vamos ficar mais uma semana aqui em Santa Cruz”, informaram as duas.

Janete, Anderson e seu filho José Miguell e Lorilda: encontro de quatro gerações

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Depois de 40 anos, primeira rainha participa do desfile

A santa-cruzense Christiane Bublitz conquistou a primeira faixa de rainha da Oktoberfest, em 1984. À época com 17 anos, sequer imaginava que abriria caminho para tantas outras jovens da sua idade disputarem o concurso ao longo das últimas décadas. Passados 40 anos do dia em que seu nome foi anunciado como a vencedora do primeiro concurso das soberanas da Oktoberfest, ela fez seu primeiro desfile típico pela Marechal Floriano na manhã de ontem.

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Em entrevista à Gazeta do Sul, relatou que costuma participar todos os anos da Festa da Alegria, mas que até então não tinha conseguido se planejar para desfilar. “Eu estou até nervosa”, brincou, dizendo que lembrava, com detalhes, do dia em que foi eleita rainha. “Foi uma emoção muito grande, as meninas eram todas muito lindas”, observou. Christiane desfilou representando o Clube Aliança.

Christiane Bublitz representou a festa em 1984

Morando fora de Santa Cruz há 40 anos, desde que se casou com o humorista Dedé Santana, do grupo Os Trapalhões, nos últimos 20 vive em Itajaí, em Santa Catarina. “Conheci o Dedé aqui em Santa Cruz, quando ele veio fazer um show, com o falecido Mussum, num circo. Namoramos um ano por telefone e depois ele me pediu em casamento”, contou. Ainda sobre a Oktober, define com as palavras festa e alegria. “É tudo muito bonito. O povo se junta e se une durante a festa. Tem muitas pessoas aqui, envolvidas pela festa”, afirmou, garantindo que pretende participar do segundo desfile no próximo domingo.

Entre os participantes, orgulho pela cultura

Dos milhares de participantes, muitos preservam esse hábito há décadas. É o caso das irmãs santa-cruzenses Rosali Voese e Roselei Voese Winkelmann, de 62 e 53 anos, respectivamente, que participam há mais de 20 anos. Rosali foi no carro dos 175 anos da imigração alemã em Santa Cruz, na ala que fez a representação do passado. Roselei, que coordena o grupo do Oktobertanz, desfilou na ala dos casais. Elas enfatizaram que mantêm o hábito porque é a oportunidade de mostrar a cultura dos antepassados. “A gente quer que a comunidade conheça esse legado e ajude a preservar”, disseram.

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Com o mesmo intuito de valorizar a cultura, Adilson Bohnen e Francieli Storch, ambos de 28, foram para o desfile na companhia do filho Cícero, de dois anos. Há pelo menos uma década, o casal morador de Monte Alverne e que desfilou pela ala da Associação dos Moradores da Linha Santa Cruz (Amorlisc) tem esse hábito. “Sempre gostamos da festa. A gente espera pela Oktober o ano todo”, destacou Francieli, observando que esse era o terceiro desfile de Cícero. “No primeiro, ele tinha cinco meses e fizemos questão de vir.”

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